Um dia intenso, com 12 aulas e muita atualização em erros inatos da imunidade. Assim foi o Encontro ASBAI–BRAGID–JMF 2022, que reuniu 205 especialistas. O evento foi realizado no formato híbrido, parte on-line e 20 lugares presenciais, na sede da ASBAI, em São Paulo.
“Tivemos aulas brilhantemente apresentadas por colegas mais jovens. O evento marcou lindamente a data dedicada à divulgação dos EII no mundo todo”, diz a coordenadora do Departamento Científico de Imunodeficiências da ASBAI, Dra. Ekaterini Goudouris.
Cuidados pré e pós-transplante foram apresentados pela Dra. Luciana Araújo Oliveira Cunha, de Minas Gerais. “Infecções comuns e incomuns” foi a aula do Dr. Herberto Chong Neto, do Paraná.
A Dra. Carolina Sanchez Aranda, de São Paulo, mostrou um levantamento realizado pela Unifesp no período de março a dezembro de 2021. Nesse período, o ambulatório da instituição recebeu 75 bebês com TRECs (do inglês T-cell receptor excision circles) e KRECs (do inglês kappa-deleting recombination excision circles) ou ambos alterados. Foram feitos três diagnósticos de imunodeficiências graves (SCIDs) com uma incidência estimada de uma SCID para cada 43 mil nascidos vivos (antes de completar 12 meses de nascimento). “A triagem neonatal para os EII é um avanço para nossa especialidade e uma grande vitória para a sociedade”, comentou Dra. Carolina.
Triagem neonatal para EII
O Brasil sempre esteve na vanguarda em relação a programas de triagem neonatal. Desde 1976, a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de São Paulo iniciou o programa de triagem para fenilcetonúria. A partir desse marco, novas doenças tratáveis foram sendo incorporadas na triagem até que ela se tornasse um programa nacional em 2001.
Em 2021, o governo federal assinou a Lei 14.154, com o objetivo de aperfeiçoar o Programa Nacional de Triagem Neonatal, adicionando outras doenças tratáveis, com a…
