Especialista lembra que prevenção evita o câncer de colo de útero e outras doenças

(Foto: stefamerpik/Freepik)

O mês de março marcou um período de atenção especial à saúde das mulheres por meio de uma campanha nacional, que tem como finalidade conscientizar e estimular a população feminina para os cuidados de prevenção, além de alertar para os principais sinais e sintomas que devem direcionar a mulher a buscar ajuda médica.

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Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), excluídos os tumores de pele do tipo não melanoma, o câncer de colo de útero é a terceira variedade mais incidente entre a população feminina e a quarta causa de morte de mulheres pela doença no Brasil.

E, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a endometriose atinge cerca de 176 milhões de mulheres, sendo mais de 7 milhões somente no Brasil. No caso do câncer de colo de útero, todas as mulheres com vida sexual ativa precisam fazer seu check-up ginecológico e o preventivo (mais conhecido como teste de “Papanicolau”), periodicamente.

Esse exame muito simples é o principal método de rastreio ou detecção do câncer de colo de útero. Ele está diretamente ligado à infecção pelo HPV, por isso é muito importante exigir o uso de preservativos ou fazer uso da camisinha feminina.

Hoje também há disponível, no Sistema Único de Saúde (SUS) e em clínicas particulares, a vacina contra o HPV (sigla em inglês para Papilomavírus Humano), um vírus que infecta a pele ou mucosas (oral, genital ou anal) humanas.

De acordo com a médica ginecologista Flávia do Vale, obstetra e coordenadora da Maternidade do Hospital Icaraí, na maioria das vezes, esse câncer é precedido por uma lesão ocasionada pelo HPV. “Essa lesão se desenvolve antes do câncer aparecer. Normalmente é curável, mas, se não tratada, ela pode acabar se desenvolvendo em um câncer após vários anos”, alerta a médica, lembrando que o exame preventivo é essencial e deve ser feito regularmente, mesmo que as mulheres estejam vacinadas contra o HPV.

“Esse exame é capaz de identificar as lesões precursoras, ou seja, aquelas lesões no colo do útero, antes que elas se tornem o câncer”, explica. Segundo Flávia, o tratamento pode ser realizado com cirurgia, radioterapia e quimioterapia, dependendo do estágio da doença.

“A grande importância de se fazer o preventivo regularmente é que as lesões precursoras do câncer no colo, podem ser facilmente tratadas com eletrocirurgia de retirada apenas da lesão. É uma cirurgia que pode ser feita no consultório e evita que o câncer se desenvolva, explica, lembrando também que é importante que, desde cedo, as meninas, de 9 a 14 anos, e meninos, de 11 a 14 anos, tomem a vacina do HPV.

Endometriose

A endometriose é um distúrbio muitas vezes doloroso, em que um tecido semelhante à camada que normalmente reveste o interior do útero – o endométrio – cresce fora do órgão. A doença geralmente envolve ovários, trompas de falópio e o tecido que reveste sua pélvis.

  • Os sinais e sintomas comuns da endometriose incluem:
  • Menstruação dolorosa (dismenorreia): a dor pélvica e as cólicas podem começar antes e se estender por vários dias até o período menstrual. Você também pode ter dor lombar e abdominal;
  • Relação dolorosa: dor durante ou após o sexo é comum em quem tem endometriose
  • Dor durante movimentos intestinais ou micção: é mais provável que você experimente esses sintomas durante um período menstrual;
  • Sangramento excessivo: você pode experimentar períodos menstruais intensos ocasionais ou sangramento entre os períodos (sangramento intermenstrual);
  • Infertilidade.
  • Pode-se observar ainda: fadiga, diarreia, constipação, inchaço ou náusea, especialmente durante os períodos menstruais.

Segundo Flávia, embora a causa exata da endometriose não seja certa, existem apenas teorias que tentam explicar o porquê do tecido endometrial aparecer em outros lugares. “Algumas teorias seriam o fluxo retrógrado da menstruação, que transformam as células embriológicas ou estimuladas”, explica a médica.

Flávia complementa que, às vezes, a endometriose é diagnosticada pela primeira vez em pessoas que procuram tratamento para infertilidade. “O exame físico associado a exames como o ultrassom podem sugerir endometriose. Todavia, o exame de ressonância magnética pode ser mais esclarecedor, além de ajudar no planejamento cirúrgico, fornecendo ao cirurgião informações detalhadas sobre a localização e o tamanho dos implantes endometriais. Algumas vezes, apenas a laparoscopia é capaz de fornecer informações sobre a localização, extensão e tamanho dos implantes endometriais”, explica.

O tratamento para endometriose geralmente envolve medicação ou cirurgia e a especialista explica que a escolha do tratamento dependerá de quão graves são os sinais e sintomas e do desejo de engravidar ou não da paciente.

*Informações Assessoria de Imprensa