Considerado o quinto tumor mais frequente em homens no Brasil, o câncer de boca tem a maioria dos casos diagnosticada em estágios avançados. O número estimado de casos novos de câncer da cavidade oral para o Brasil, para cada ano do triênio de 2023 a 2025, é de 15.100 casos, sendo 10.900 em homens e 4.200 em mulheres.
Rafael Scarpari, Cirurgião de Cabeça e Pescoço do IOP – Instituto de Oncologia do Paraná, alerta para os principais sintomas da doença. “Feridas nos lábios e na boca que não cicatrizam por mais de 15 dias; manchas ou placas vermelhas, ou esbranquiçadas na boca; sangramentos sem causa conhecida em qualquer região da boca; nódulos (caroços) no pescoço e rouquidão persistente. E em fases mais avançadas da doença, a pessoa pode apresentar dificuldade para falar, mastigar ou engolir”, explica.
As regiões atingidas variam entre lábios, gengiva, bochechas, céu da boca (palato), língua (principalmente as bordas) e assoalho da boca (região embaixo da língua). E a importância do alerta é para conscientizar sobre os fatores de risco. “O fumo e o consumo excessivo de bebidas alcoólicas são os principais fatores de risco. Quanto maior o número de cigarros e de doses de bebidas alcoólicas ingeridas, maiores são as chances de ter a doença. Além disso, a exposição ao sol sem proteção é um fator de risco para o desenvolvimento de câncer de lábio. E o vírus HPV (Papiloma Vírus Humano), quando transmitido por sexo oral, está associado a casos de câncer na cavidade oral também”, alerta o médico.
Para diminuir o risco, algumas orientações são: não fumar; evitar o consumo de bebidas alcoólicas; ter uma alimentação rica em frutas, verduras e legumes; e usar preservativo (camisinha), inclusive durante a prática do sexo oral.
O autoexame também é importante e deve ser realizado mensalmente. “Caso alguma alteração seja notada, recomenda-se fortemente que um dentista ou médico seja procurado. O exame clínico da boca é um procedimento simples de observação que não requer instrumentos especiais, podendo ser feito nas consultas odontológicas ou médicas. Com esse exame é possível visualizar lesões suspeitas e diagnosticar o câncer de boca no início”, finaliza Scarpari.
*Informações Assessoria de Imprensa