Negligenciar a saúde bucal pode render problemas de saúde futuros

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2024-03-27 | 23:43h
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Saúde Debate
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(Foto: tonodiaz/Freepik)

Boa parte das doenças que enfrentamos ao longo da vida estão relacionadas ao estilo de vida, hábitos e até mesmo hereditariedade, mas o que quase ninguém sabe é que é possível amenizar os efeitos de diversos problemas de saúde, na cadeira do dentista.

Negligenciar a saúde e a higienização da boca não resulta apenas em problemas de halitose, sensibilidade e perda de paladar, mas a proliferação de fungos e bactérias na boca, gengiva e língua pode chegar a atingir outros órgãos. “Existem bactérias que fazem parte do nosso organismo e são benéficas, mas o aumento exagerado delas pode ser extremamente prejudicial para todo o corpo”, alerta Victor Nastri, cirurgião-dentista.

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E para manter a saúde bucal em dia, a adoção de hábitos simples e rotineiros, fazem toda a diferença. Para o cirurgião dentista e especialista em estética, roer unha, usar palito de madeira, abrir embalagens com a boca e não escovar a língua são os piores hábitos que as pessoas têm e que se somados com a falta de conhecimento podem contribuir significativamente para outras patologias.

Muitas pessoas deixam de escovar a língua ou fazem uma limpeza superficial, mas o que elas não sabem é que a língua funciona como uma espécie de tapete, acumulando resíduos e levando tudo para dentro do corpo. “Ou seja, a limpeza da língua é tão importante quanto a escovação dos dentes. É na língua que ficam acumulados restos de comida, placa bacteriana e células descamadas e ao deixar de higienizar essa região, forma-se uma saburra lingual, que é aquela camada esbranquiçada que além de gerar mau hálito, reúne fungos e bactérias que vão sendo deglutidas ao longo do dia”, alerta.

Desta maneira, a orientação de Victor Nastri com a higiene da boca envolve a escovação completa da língua com a própria escova ou com raspadores linguais e em seguida, o uso de enxaguantes bucais para finalizar o processo. Agora, falando exclusivamente das escovas de dentes, o alerta fica para o prazo de validade e o local de armazenamento. “A escova nunca pode perder o formato das cerdas e quando isso começa a acontecer é preciso trocá-la. Uma boa escova dura em média três meses, após esse período é preciso substituí-la por outra, mas caso a sua escova comece a perder o formato muito antes é preciso rever a sua escovação, às vezes você está colocando muita força onde é preciso ter cuidado”, pontua. Nastri também revela que a escova nunca deve ficar em contato direto com outras escovas. “Quando uma encosta na outra, há uma troca de fluido o que também contribui para a proliferação de bactérias que posteriormente irão parar dentro da sua boca”.

Por fim, o alerta fica para aqueles que têm o hábito de roer as unhas, palitar os dentes ou abrir embalagens com a boca. Nestes casos, além do problema estético, porque todas estas ações podem fraturar os dentes e criar micro lascas neles, também envolve a manutenção da saúde bucal. O uso de palitos de dentes em substituição ao fio dental é extremamente perigoso. Com a incidência do uso desse objeto duro e pontiagudo na gengiva é possível lesionar essa região e agredir o dente, além de criar espaço entre eles, contribuindo para o acúmulo de alimentos. “Se você não conseguir escovar os dentes, ao invés de recorrer ao palito, a dica é usar e abusar de alimentos fibrosos, como: maçã, cenoura, coco e castanhas”, comenta Victor Nastri, que finaliza: “e roer as unhas e usar os dentes para abrir embalagens, desde as mais simples, até as mais complexas são hábitos que devem ser abolidos do nosso dia a dia. Os dentes não foram feitos para isso e essa sobrecarga gera um stress na estrutura, aumentando o risco de fraturas”.

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Cunho
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