Nas últimas semanas, o distúrbio de compulsão alimentar foi muito comentado por causa do comportamento da modelo e atriz Yasmin Brunet durante o confinamento do Big Brother Brasil 24. A loira relatou que não consegue parar de comer em grandes quantidades e afirma que isso é resultado da ansiedade que sente. Ela também disse sofrer com distúrbios alimentares anteriormente.
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Frente a isso, a nutricionista Thaís Conte explica as diferenças entre a compulsão alimentar e o comer emocional.
A compulsão alimentar é caracterizada por critérios estabelecidos, onde a pessoa consome uma quantidade substancial de comida em um curto período de tempo. Além disso, esse padrão pode ocorrer com frequência crônica, levando a sentimentos de culpa, incapacidade e frustração após o episódio. Embora a compulsão alimentar possa estar associada ao sobrepeso ou obesidade, a característica essencial é a ausência de escolha específica de alimentos: “Você come muito de qualquer coisa que você vê pela frente”, explica a profissional.
Já o comer emocional, envolve uma preferência por alimentos específicos em resposta a estados emocionais. Pode incluir a busca por alimentos reconfortantes, como chocolates, doces, salgadinhos, hambúrgueres, em momentos de tristeza, aflição, nervosismo. Aqui, a ingestão alimentar não está limitada pela fome fisiológica, mas é influenciada por impulsos emocionais.
Para tratar ambos os distúrbios, a nutricionista ressalta o reconhecimento do relacionamento disfuncional com a comida, a fim de buscar um tratamento que ajude na raiz do problema.
Isso abrange um amplo espectro de comportamentos, como o medo de certos alimentos, distorções de imagem corporal, pressões para atender a padrões específicos da sociedade e a polarização entre uma dieta extremamente rigorosa e episódios de descontrole. Pessoas com esse relacionamento muitas vezes enfrentam a luta constante do efeito sanfona, dificuldade em alcançar ou manter um peso ideal e uma pressão desproporcional sobre sua imagem.
“Existem ferramentas e estratégias na nutrição comportamental para que possamos ressignificar e tratar esse relacionamento disfuncional com a alimentação, é necessário um acompanhamento multidisciplinar envolvendo nutricionista especialista em comportamento alimentar, o psicólogo e muitas vezes, o psiquiatra”, afirma Thaís Conte. Ao abordar esses padrões, podemos não apenas lidar com a compulsão alimentar e o comer emocional, mas também promover uma relação mais saudável e equilibrada com a alimentação.
*Informações Assessoria de Imprensa