Entre 2019 e 2022, o número de diagnósticos, tratamentos e acompanhamentos relacionados ao câncer de próstata aumentou 4,2% na saúde suplementar (de 14,1 mil para 14,7 mil). Apesar do indicador positivo, no entanto, ficou abaixo do volume de adesões do público masculino a planos de saúde médico-hospitalares. Nos últimos três anos da análise, houve crescimento de 6,6% em novos vínculos, sendo mais representativo nos grupos etários a partir de 40 anos.
As informações são do novo estudo do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS). O levantamento mostra, ainda, registro de queda de 16,8% nas internações no período de pandemia (entre 2019 e 2020) e ligeira alta de 2,1% de 2020 para 2021, contabilizando 11,7 mil e 12 mil procedimentos, respectivamente.
O estudo também traz dados específicos da população de maior risco (50 a 69 anos) e indica que as internações no período analisado diminuíram. Em 2019, a estimativa era de que a cada mil beneficiários de planos de saúde nessa faixa etária, 3,7 foram internados com o diagnóstico de câncer de próstata – em 2022, eram 3,6. Já entre 2020 e 2021, o número se manteve estável em três para cada mil, ambos os registros ficaram abaixo dos períodos pré e pós-pandemia.
Crescimento de adesões a planos
Vale ressaltar que as adesões a planos de saúde médico-hospitalares voltaram a crescer entre 2020 e 2022, apesar dos desafios impostos pela pandemia. Durante o período, houve alta de 6,6% no número de vínculos do público masculino – passou de 22 milhões para 23,4 milhões de contratos no País. O crescimento se deu em quase todos os grupos etários, porém foi mais significativo nos de 40 a 44 anos (20,8%), 45 a 49 anos (14,8%), e 70 a 74 anos (14%).
O superintendente executivo do IESS, José Cechin, ressalta que os dados apresentados no estudo despertam um ponto de atenção. “Apesar do crescimento nos casos relacionados ao câncer de próstata, também tivemos um número maior de adesões de homens em planos de saúde. Portanto, nos indica que tivemos uma queda per capita no número de procedimentos, algo que preocupa”, afirma, acrescentando importância da realização de exames preventivos para o não agravamento dos casos, que quando constatados de aneira tardia, se tornam mais letais e com custos maiores para o sistema suplementar.
A doença é mais comum em homens de idade avançada, com nove em cada dez diagnósticos ocorrendo em indivíduos com mais de 55 anos no Brasil, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA). Além disso, é o primeiro mais incidente entre os homens no Brasil (excluindo-se o câncer de pele não melanoma).
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*Informações Assessoria de Imprensa