O Ataque Isquêmico Transitório (AIT), doença que era pouco conhecida, chamou a atenção da população, afinal, de acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 150 mil casos de AIT são diagnosticados anualmente somente no Brasil.
De acordo com a neurocirurgiã Danielle de Lara, que atua no Hospital Santa Isabel (Blumenau/SC), o Ataque Isquêmico Transitório é considerado um mini Acidente Vascular Cerebral (AVC). “A condição acontece quando uma artéria cerebral entope e há um déficit neurológico decorrente dessa isquemia (entupimento). A principal diferença entre AIT e AVC, é o tempo, o AIT ocorre de forma temporária e costuma durar menos de meia hora ou até 24 horas, sendo que após esse tempo o paciente recupera as funções neurológicas”, explica.
A neurocirurgiã alerta que o AIT começa com sintomas de AVC. “Por mais que a condição tenha chamado a atenção da população recentemente por conta da internação do comediante Didi, é importante lembrar que o ataque isquêmico transitório é bastante frequente, apesar de muitas vezes não diagnosticado”, alerta.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Doenças Cerebrovasculares, o AIT pode preceder o AVC isquêmico em uma parcela que vai de 9,4% a 26% dos casos. “Após o primeiro caso, o risco do AIT reverter para AVC é grande”, comenta Danielle.
A especialista explica que as causas mais comuns do AIT são a presença de coágulos de sangue que bloqueiam temporariamente o fluxo sanguíneo para o cérebro. “Isso pode ocorrer por alguns motivos, como colesterol alto, pressão alta, anomalias cardíacas ou estresse agudo”, esclarece.
“Vale reforçar que o ataque isquêmico transitório acontece de repente, por isso ficar atento aos sintomas é muito importante. Os sintomas dependem da localização e do tempo em que o cérebro deixa de receber sangue e oxigênio e podem ser vertigem súbita, fala enrolada, dificuldade de mover braços ou pernas, desequilíbrio e visão dupla”, alerta.
Danielle lembra que o AIT tem tratamento e cura dependendo da causa. “O paciente que sofreu um AIT deve ficar em constante observação médica, já que este é um dos principais fatores de risco para o AVC”, conclui a neurocirurgiã.
*Informações Assessoria de Imprensa