Celebrado em mais de 150 países desde 1981, o Dia Mundial da Alimentação (16 de outubro) é um marco global que visa despertar a reflexão e conscientização de todos sobre a necessidade de uma alimentação saudável, acessível e de qualidade, também chamada de “Segurança Alimentar e Nutricional”.
Dados do relatório “O Estado da Segurança Alimentar e Nutrição no Mundo 2020”, divulgado pela OMS, revelam que cerca de 750 milhões de pessoas foram expostas a níveis graves de insegurança alimentar em 2019. Por isso, a data tem grande relevância no calendário da ONU e em 2020 o tema escolhido para a celebração é “Cresça, alimente, sustente. Juntos”, levando em consideração o cenário de pandemia de Covid-19 deste ano.
Para se compreender a relevância dessa comemoração, que lança um apelo à solidariedade global, incentivando o amparo às pessoas mais vulneráveis, além de estimular o esforço comum para tornar a complexa cadeia de produção alimentar mais sustentável, forte e resiliente, a Unimed Curitiba faz um alerta e convida as pessoas a pensar sobre os cuidados com a alimentação.
Para o médico endocrinologista cooperado da Unimed Curitiba, Humberto Vieira, o atual consumo ocidental, que prioriza alimentos embalados, processados e ultraprocessados em detrimento de ingredientes de bom valor nutricional, é uma das maiores ameaças à saúde. Basta analisar cuidadosamente as gôndolas dos supermercados que apresentam uma variedade de embalagens e produtos coloridos e atraentes que nada mais são que uma mistura de sal, gorduras saturadas, açúcares, aromatizantes artificiais e carboidratos refinados a preços chamativos. “A ingestão contínua desses alimentos aumenta a incidência da obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares na sociedade”, explica o médico.
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O cenário torna-se ainda mais crítico quando se analisa a América Latina, um continente com alto potencial agrícola que precifica as verduras, legumes e frutas com um valor até cinco vezes maior do que a população geral consegue arcar. O resultado é simples: o assédio da indústria alimentícia somado com o discurso de praticidade, durabilidade e sabores e ingredientes reais vencem a disputa pela atenção na hora do consumidor escolher o que entra no carrinho de compras.
Para auxiliar na tarefa que é ocupar a despensa de casa com os produtos adequados, o endocrinologista listou algumas dicas práticas que farão toda a diferença no dia a dia e alimentação. Confira:
- Variedade e cores: priorize a ingestão de diversos alimentos, incluindo frutas e legumes frescos. Não se atenha a apenas um grupo alimentar e consuma novos sabores, texturas, cores e cheiros.
- Diminua consideravelmente a ingestão de sal e açúcar.
- Moderação: use com cautela óleos e gorduras, priorizando os mais saudáveis como o óleo de canola e azeite de oliva.
- Beba água: mantenha-se hidratado. A quantidade de água que precisamos ingerir diariamente pode variar, mas, em média, é necessário ingerir dois litros de água todos os dias.
- Evite a ingestão de álcool.
- Aleitamento materno: o leite materno protege bebês e crianças pequenas de doenças perigosas. A orientação para as mães é prolongar ao máximo possível o aleitamento materno.
- Escolha com consciência: minimize o consumo de alimentos processados (aqueles que incluem sal, açúcar, óleo ou vinagre aos alimentos in natura) e evite ao máximo os ultraprocessados (aqueles com adição de diversos ingredientes nocivos como sal, açúcar, óleos, gorduras e substâncias sintetizadas em laboratório).
- Priorize os produtos locais: a escolha de produtos produzidos localmente auxilia em uma dieta mais equilibrada. Produtos que não precisam percorrer longas distâncias como os importados e processados tendem a ter menos pesticidas e conservantes e são mais frescos.
A regra é clara e todas as orientações induzem para a máxima descasque mais e desembale menos. Priorizar o consumo de comida de verdade e preocupar-se com o que põe à mesa é a melhor estratégia para uma vida saudável com hábitos alimentares seguros e sadios que auxiliam na prevenção de doenças crônicas.
“É preciso salientar que não existem alimentos que curem doenças, especialmente o vírus do Covid-19. Mas as práticas saudáveis são extremamente importantes para manutenção do sistema imunológico, bem como para a redução dos fatores de risco como diabetes, obesidade e doenças cardíacas”, alerta Humberto.
Estímulo à solidariedade
A Unimed Curitiba ressalta ainda que a pandemia do novo coronavírus vem agravando a chamada crise de fome, definida quando existe alta deficiência no consumo de alimentos, revelando desnutrição aguda e elevada mortalidade. De acordo com a projeção da Oxfam, uma organização da sociedade civil brasileira, a estimativa é de que o número de pessoas “em situação de crise de fome” cresça mais de 80% e atinja 270 milhões. E o Brasil, que em 2014 deixou o Mapa da Fome, pode se tornar um dos epicentros globais.
Por isso, a cooperativa, mais uma vez cumprindo seu papel social em incentivar as pessoas a ajudarem a superar os desafios atuais e acreditarem em um futuro mais justo, realizará uma ação online para estimular a solidariedade. Durante o Unimed Music Live II, os participantes serão convidados a fazerem doações, de qualquer valor, para a ONG Good Truck, que resgata alimentos que seriam desperdiçados e os destina para populações em situação de rua e de comunidades periféricas vulneráveis fazerem refeições.
A ação acontecerá durante a segunda edição do Unimed Music Live, no dia 18 de outubro, domingo, a partir das 11h30, em seu canal do Youtube: www.youtube.com/UnimedCuritibaOficial
As doações podem ser feitas diretamente no site da instituição social: www.goodtruck.org.br.