A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e a Fundação Lemann, uma da entidades envolvidas nos testes da chamada vacina de Oxford contra a Covid-19 no Brasil, confirmaram nesta segunda-feira (22 de junho) o início dos testes no país. A pesquisa é liderada pela universidade britânica e o Brasil faz parte da fase 3 dos estudos, ou seja em fase clínica de testes. A vacina, que tem o nome oficial de ChAdOx1 nCoV-19, foi desenvolvida em parceria com a empresa AstraZeneca.
O anúncio dos testes no Brasil da vacina de Oxford contra a Covid-19 ocorreu no início de junho. Já foi realizada, entre a última sexta-feira (19) e esta segunda-feira, a fase de triagem dos testes sorológicos nos voluntários. As aplicações da vacina em voluntários devem começar a partir desta terça-feira (23 de junho).
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Pelo menos cinco mil voluntários vão participar dos testes, que acontecem no Rio de Janeiro, São Paulo e em Salvador. Profissionais de saúde vão participar da pesquisa na capital paulista. Devem ser selecionados profissionais entre 18 e 55 anos.
Em São Paulo, os testes com a vacina da Oxford são coordenados pelo Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE), da Unifesp. O Hospital São Paulo está responsável pela análise do perfil dos profissionais de saúde aptos a receberem a vacina. No Rio de Janeiro, os testes serão aplicados em mil voluntários pela Rede D’Or São Luiz.
No início do mês, a Unifesp informou que os testes com voluntários brasileiros contribuirão para o registro da vacina no Reino Unido, previsto para o fim deste ano. O registro formal, entretanto, só ocorrerá após o fim dos estudos em todos os países participantes, de acordo com a Unifesp.
A vacina, cujo pedido de testes no Brasil foi feito à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) pela farmacêutica AstraZeneca, está atualmente na fase 3 de testes, “o que significa que a vacina encontra-se entre os estágios mais avançados de desenvolvimento”, disse a Unifesp.
O Brasil é o primeiro país fora do Reino Unido a iniciar testes com a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e um dos motivos que levaram à escolha foi o fato de a pandemia estar em ascensão no país.
A Unifesp informou que o Brasil deve ter prioridade no uso da vacina, caso sua eficácia seja comprovada. Os resultado deve sair em setembro deste ano.
Outra vacina contra Covid-19
Outra vacina contra a Covid-19, desenvolvida pela empresa chinesa Sinovac, deverá começar a ser testada no Brasil no mês que vem, em parceria com o Instituto Butantan, vinculado ao governo do Estado de São Paulo.
Este teste, segundo o instituto, será financiado pelo governo paulista e deverá contar com nove mil voluntários. Caso a vacina seja bem-sucedida, o acordo prevê a possibilidade ser produzida Instituto Butantan.
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* Com informações do portal G1 e Agência Brasil