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Nos últimos seis anos, o número de brasileiros que utilizam cigarros eletrônicos saltou 600%, atingindo quase três milhões de usuários em 2024, de acordo com o instituto Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica (Ipec). Esse crescimento traz alertas importantes, com evidências crescentes sobre os malefícios desses dispositivos, inclusive para a saúde bucal.
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Problemas como inflamações, formação de placa bacteriana e risco elevado de cáries estão entre os danos mais comuns. Esses quadros são agravados pela redução da produção de saliva e pela exposição prolongada à nicotina, criando um ambiente favorável à progressão de doenças bucais. E não apenas os dentes naturais, mas também os implantes dentários podem ser comprometidos, afetando sua estabilidade e durabilidade.
Riscos na recuperação do sorriso
Para quem realizou cirurgia de implantes dentários recentemente, o uso dos chamados vapes pode comprometer a recuperação de forma importante. “Os cigarros eletrônicos costumam conter nicotina, compostos aromatizantes e aditivos que, ao interagirem, se tornam irritantes e dificultam a cicatrização dos tecidos após a instalação de implantes”, destaca o dentista especialista em Implantodontia da Neodent, Sergio Bernardes.
A nicotina presente nos líquidos vaporizados prejudica especialmente a circulação sanguínea, dificultando a chegada de oxigênio e nutrientes à área do implante. Esse efeito é especialmente preocupante no período inicial de cicatrização, quando o osso está se integrando ao implante. Além disso, o uso dos dispositivos pode causar inflamação na gengiva ao redor da prótese, havendo o risco de uma evolução para problemas mais graves, como o enfraquecimento ósseo e a perda do tratamento.
Por isso, especialistas recomendam que pacientes com implantes evitem substâncias que possam interferir no processo de cicatrização e mantenham uma rotina cuidadosa de higiene bucal. “É essencial que os cuidados diários sejam redobrados e que os pacientes permaneçam atentos a sinais de problemas. O acompanhamento regular com profissionais permite a identificação precoce dessas e de outras condições, possibilitando intervenções oportunas e eficazes”, conclui Bernardes.
*Informações Assessoria de Imprensa