Uso de cigarro eletrônico aumenta em 1,79 a probabilidade de infarto, afirma SBC em posicionamento

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(Foto: ArthurHidden/Freepik)

Quase 3 milhões de brasileiros fazem uso regular de dispositivos eletrônicos para fumar (DFEs), popularmente conhecidos como vapes. E, o consumo regular, de acordo com estudos observados pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), aumenta em 1,79 vez a probabilidade de infarto do miocárdio.

Leia também – Consumo de tabaco cai, mas jovens ‘migram’ para cigarro eletrônicoAMP

Ainda de acordo com estudos analisados pela SBC, os DEFs também impactam na incidência de aterosclerose em seus usuários, já que os vários componentes químicos, como nicotina, propilenoglicol, partículas, metais pesados e aromatizantes que estão presentes nos cigarros eletrônicos induzem aterosclerose, condição que pode ampliar significativamente a ocorrência de doenças como o Acidente Vascular Cerebral.

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Mesmo que a venda e a comercialização destes ¹produtos sejam proibidas no país desde 2009, estes dispositivos são encontrados facilmente no mercado paralelo que impacta, em especial, o público jovem.

Atenta ao impacto do uso dos cigarros eletrônicos para a saúde pública, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) lançou uma consulta pública com o objetivo de estimular a sociedade civil a opinar sobre a manutenção da proibição dos DFEs.

Após 4 meses e mais de 7 mil manifestações de participantes, a discussão proposta pela consulta pública se encerra nesta próxima sexta-feira, 09 de fevereiro.

Em linha com a sua missão primordial que é atuar pela excelência no cuidado cardiovascular no país, a SBC publicou, no dia 2 de fevereiro, um posicionamento consistente em defesa da permanência da proibição dos DEFs no Brasil.

O posicionamento também destaca que estudos já demonstraram que o custo para tratar diversas doenças crônicas decorrentes do tabagismo, no âmbito do SUS, somou 23,37 bilhões de reais em 2011, valor equivalente a 0,5% do Produto Interno Bruto e quatro vezes o montante dos impostos federais arrecadados do setor tabaco naquele ano.

Ampliando o debate sobre o consumo destes dispositivos, o posicionamento da SBC demonstra, por meio de evidências científicas, que os cigarros eletrônicos não servem como via alternativa e menos prejudicial à saúde para dependentes de nicotina.

“A alegação apresentada pela indústria do tabaco de que os DEFs são uma alternativa de menor risco à saúde para substituir os cigarros convencionais não são comprovadas por evidências científicas. Pelo contrário, estudos indicaram que jovens que fazem uso de cigarros eletrônicos têm menor propensão a cessar o tabagismo. Além disso, adultos fumantes que recorrem aos DEFs ou vapes exibem uma notável inclinação para a dupla utilização, que envolve cigarros tanto eletrônicos quanto regulares, o que aumenta os riscos à saúde”, afirma o documento assinado por membros da Sociedade Brasileira de Cardiologia, entre eles, Jaqueline Scholz, cardiologista referência no país quando o assunto é antitabagismo.

O posicionamento da SBC indica, ainda, que diversas pesquisas demonstram uma relação direta entre o uso de cigarros eletrônicos e o incremento no risco cardiovascular. “A presença de nicotina nos dispositivos está vinculada a aumento da frequência cardíaca, elevação da pressão arterial e intensificação do estresse oxidativo”, pontua o documento. Confira na íntegra clicando aqui.

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