Simepar refuta proposta de que profissionais contaminados pelo coronavírus continuem trabalhando

schedule
2022-01-10 | 15:20h
update
2022-02-01 | 20:51h
person
Saúde Debate
domain
Saúde Debate

O Sindicato dos Médicos no Estado do Paraná é contrário à proposta de que médicos/as e demais profissionais de Saúde possam continuar trabalhando mesmo contaminados pelo coronavírus. Essa possibilidade foi levantada pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, em entrevista na sexta-feira (7 de janeiro). O ministro também aventou a possibilidade de redução da quarentena de pessoas contaminadas com a variante Ômicron do vírus, que estejam assintomáticas, de dez para cinco dias.

 

Segundo matéria da Agência Brasil, o Governo Federal está analisando a possibilidade de permitir que trabalhadores da Saúde que tiveram diagnóstico positivo, mas não apresentem sintomas, possam fazer parte da linha de frente no atendimento aos pacientes com covid-19. “Se eu não me engano, o CDC [Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos] já deu essa recomendação [reduzir o isolamento dos pacientes assintomáticos com Ômicron]. O governo francês está, inclusive, autorizando profissionais de saúde que estão positivos a atender na linha de frente, por conta do número de casos. Então, isso está sendo analisado”, disse Queiroga.

Publicidade

 

Para o Simepar, a possibilidade é temerária para a Saúde Pública e cruel para os trabalhadores. De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (SESA) e a Prefeitura de Curitiba, que publicaram diretrizes recentemente, seriam no mínimo sete dias de isolamento.

 

Segundo o presidente do Simepar, Dr. Marlus Volney de Morais, embora o CDC norte americano tenha atribuído cinco dias, o órgão recomenda mais cinco dias de isolamento respiratório. E isso vale para pessoas que ficariam em casa. “Não se pode comparar e aplicar a redução do isolamento de pacientes com o trabalho dos profissionais de Saúde. Os médicos e enfermeiros têm exposição a altas cargas virais nas unidades de Saúde, onde o volume de pessoas contaminadas e transmissoras possibilita reinfecções sucessivas e agrava o quadro daqueles que estão em convalescença”, afirmou Dr. Marlus.

 

Segundo ele, a atitude mais correta seria disponibilizar teleatendimento maciço para evitar o deslocamento das pessoas e conseguir manter tanto os pacientes como os profissionais abrigados da contaminação desnecessária. “Já alertamos para a necessidade de chamar profissionais já concursados para aumentar a oferta de cuidados. Com o recente e veloz crescimento de contaminações é fundamental que os órgãos públicos disponibilizem recursos para estancar os danos que a pandemia pode ainda causar em todo o sistema e evitar novo colapso. Essa deve ser a atitude de quem aprendeu com os dois anos da pandemia que ainda vivemos”, completou.

 

Leia mais informações do Simepar clicando aquiAMP

 

Conheça outras entidades parceiras do Saúde Debate

Publicidade

Cunho
Responsável pelo conteúdo:
saudedebate.com.br
Privacidade e Termos de Uso:
saudedebate.com.br
Site móvel via:
Plugin WordPress AMP
Última atualização AMPHTML:
17.04.2024 - 12:17:50
Uso de dados e cookies: