A Secretaria de Saúde do Paraná está ressaltando a importância no processo de limpeza e cuidado com os possíveis focos do mosquito Aedes Aegypti, diante da quantidade de casos da doença que vêm sendo confirmados no estado. Conforme o último boletim epidemiológico divulgado pelo órgão, são 2,6 mil registros no Paraná. No entanto, a secretaria não recomenda o uso de veneno no combate da dengue.
O órgão de saúde informa que a utilização de produtos químicos para a eliminação do vetor não mostrou resultado, especialmente o Malathion, que foi testado em todas as regiões do país, uma vez que o mosquito já está resistente ao insumo.
O Ministério da Saúde, por meio das Notas Informativas nº 89 e nº 103, de 2019, desestimula a aplicação do controle químico por parte dos estados e municípios e incentiva a remoção mecânica dos criadouros.
O produto, além de não acabar com os ovos e larvas do mosquito, pode trazer prejuízos à saúde e ao meio ambiente e, por isso, não é recomendado ou recomendado em situações específicas, conforme a Organização Mundial da Saúde.
Somente hábitos de limpeza, retirada e eliminação de lixos, entulhos, qualquer objeto e recipientes que possam acumular água, devem ser removidos, principalmente em ambientes domésticos.
Na última sexta-feira (6), a Secretaria da Saúde do Paraná publicou Nota Técnica (07/CVIA/DAV/SESA) sobre Inseticidas Destinados ao Controle de Aedes Aegypti. No documento, a SESA “recomenda que os municípios não adquiram inseticidas/larvicidas diferentes daqueles preconizados pelo Ministério da Saúde para o uso no controle do mosquito transmissor da dengue”.
A Nota Técnica orienta que “é fundamental a utilização da estratégia de Manejo Integrado de Vetores, em que o uso de produtos químicos é apenas uma das ações a serem colocadas em prática e, salienta que a melhor estratégia para o controle é eliminar ou tratar os locais que podem acumular água e servir de criadouros”.