Falando especificamente da saúde da mulher, todos sabem que as questões hormonais têm grande influência nos diversos ciclos temporais de sua vida. E como elas lidam com essas transformações e dúvidas? Uma pesquisa realizada pela consultoria B2Mamy, a pedido da Organon – farmacêutica especializada em saúde feminina – ouviu quase 280 mulheres das classes C e D de todo o Brasil, com idades de 20 a 40 anos, para saber a quem elas recorrem quando têm dúvidas sobre contracepção e outros aspectos da maternidade e da saúde feminina. A maioria respondeu que, primeiramente, se informam por meio de alguma plataforma digital, como site, blog, YouTube ou rede social (55,56%), em segundo lugar, vão ao médico (41,21%) e, por fim, falam com familiares e amigos (3,23%).
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Para ajudar as mulheres a entenderem melhor seus ciclos hormonais e o que deve ser observado em cada fase da vida, a Organon buscou a opinião de Mariane Nunes de Nadai, médica ginecologista e docente do Curso de Medicina da FOB – USP (Universidade de São Paulo), campus Bauru, que falou sobre os cuidados de cada etária.
“Nesta fase, é comum se perguntar ‘quando a menina deve procurar o ginecologista pela primeira vez?’ A resposta é: a partir do começo do desenvolvimento da puberdade, ou seja, do aparecimento de pelos e mamas.
O ginecologista pode explicar para a garota o que esperar dessa fase, checar como está o seu desenvolvimento e analisar se segue de forma regular, antecipado ou atrasado. Vale dizer que o desenvolvimento de cada mulher é bastante variável e que essa fase pode ocorrer em geral entre os 8 e os 16 anos. É também neste período que ocorre a primeira menstruação, as transformações hormonais e as maiores mudanças corporais na mulher”.
“Havendo a iniciação da vida sexual, é muito importante que haja acompanhamento para o planejamento da contracepção, orientação contra IST (Infecções Sexualmente Transmissíveis) e instruções gerais quanto à prevenção de doenças e ao planejamento reprodutivo. É fato, porém, que não há uma idade determinada para o início da vida sexual. Há mulheres que começam a ter relações íntimas antes ou até mais tarde que nesta faixa etária, portanto estas recomendações valem para qualquer período da vida”.
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“Neste período, que é o mais frequente do início da vida reprodutiva, é comum que ela tenha mais cuidados em relação à saúde. Essa também é a fase que ela tem mais dúvidas sobre sua fase reprodutiva; como cuidar do seu sangramento; se a sua menstruação está normal ou não; se é possível postergar o ciclo; como se preparar para engravidar. Ou seja, é uma fase de muitas dúvidas sobre como lidar com o próprio organismo e o médico deve ser um grande parceiro para orientá-la.
Em relação ao check-up a doenças, em geral, nesta fase é mais comum falar sobre prevenção que se fazer exames. Porém, se a partir dos 25 anos a mulher já for sexualmente ativa, a OMS [Organização Mundial da Saúde] aconselha que ela comece a realizar exames de rastreamento de câncer de colo de útero, como a coleta do papanicolau. Exames de sangue e ou de ultrassom poderão ser solicitados se a mulher apresentar ou se queixar de sintomas e patologias, como um sangramento aumentado, dor pélvica, menstruação irregular ou outra situação atípica”.
“A partir dos 40 anos a mulher começa a ter algumas doenças que são mais prevalentes, como alterações de colesterol e diabetes e doenças da tireóide. Logo, o rastreio a estes males é muito importante a partir desta faixa etária, ou antes se a paciente tiver sintomas ou histórico familiar, e ainda como suporte à observação do corpo da paciente em relação à menopausa. Nem todas as mulheres necessitam de reposição hormonal, e seu uso deve ser individualizado na avaliação da mulher climatérica.
O câncer de mama é outra patologia que merece atenção. Algumas entidades, como a Sociedade Brasileira de Mastologia, recomendam que mulheres acima de 40 anos façam mamografia anual, sendo que, dependendo da situação, como histórico familiar, pode se pedir antes ou com maior frequência. Ou seja, tudo depende da anamnese cuidadosa e do exame clínico da mulher”.
“Após os 60 anos, a mulher precisa, sim, ter um acompanhamento completo junto ao seu ginecologista, pois é principalmente a partir dos 65 anos que se deve começar a rastrear osteoporose – ou até mesmo antes, se a mulher tiver fatores de risco.
Outro ponto é que, mesmo que a mulher não tenha mais vida sexual ativa, ela precisa fazer rastreio de algumas patologias com o seu ginecologista”.
*Informações Assessoria de Imprensa