Segundo a pesquisa do instituto YouGov, o distúrbio da tireoide acomete cerca de 1,6 bilhões de pessoas no mundo, sendo que boa parte não tem conhecimento sobre os seus efeitos. No Brasil, a estimativa é de que 15% da população acima de 45 anos sofra com problemas na tireoide, sendo que o hipotireoidismo acomete 3% da população masculina e 15% da feminina.
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A glândula tireoide é um órgão que fica localizado na base do pescoço, em frente à traquéia e tem o formato muito similar a uma borboleta. Ela tem a função de controlar o nosso metabolismo, portanto desenvolve um papel fundamental na nossa saúde e bem-estar. Segundo a médica da família, diretora da Higia Clínic, Márcia Simões, a tireoide é responsável por produzir os hormônios conhecidos como T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina), que atuam em muitas células do corpo. “A tireoide comanda muitas funções no nosso organismo, garantindo que ele trabalhe em harmonia sempre. Por isso uma disfunção nela é algo que precisa ser investigado com cuidado”, explica a médica.
Identificar um problema na tireoide pode não ser uma tarefa fácil, principalmente pela falta de informação da população e pela ausência de exames de TSH em grupos de risco. “Uma disfunção da tireoide pode acontecer por deficiência de nutrientes na alimentação, por stress, pelo processo gestacional, alterações auto-imunes, predisposição genética, dentre outros motivos, que podem gerar tanto um excesso de produção de hormônios, hipertiroidismo, como uma baixa produção, hipotiroidismo. Em ambos os casos é preciso atenção e cuidados”, reforça Márcia.
Márcia explica que apesar de ambas situações serem caracterizadas por uma disfunção hormonal, os sintomas são opostos. “O hipertireoidismo é muito mais raro, sendo causado por uma hiperatividade da tireoide, resultando em níveis elevados de hormônios e na aceleração das funções vitais do corpo, como batimento cardíaco, pressão arterial, nervosismo, ansiedade, dificuldade em dormir e perda de peso. Já o hipotiroidismo é caracterizado pelo cansaço, depressão, ganho de peso, ressecamento de pele e cabelo, unhas quebradiças e dores nas articulações”.
Em ambos os casos, as mulheres são mais acometidas, sendo que, segundo dados, uma em cada oito desenvolverá a doença, principalmente após os 35 anos e no período pós menopausa, o que requer muita atenção já que a disfunção pode causar problemas de fertilidade e abortos espontâneos.
*Informações Assessoria de Imprensa