Saiba quais são as causas dos incômodos na garganta e pigarros e veja como evitá-los e tratá-los

pigarro
(Foto: benzoix/Freepik)

Você já deve ter sentido aquela sensação de coceira ou incômodo na garganta que pode ou não passar após uma tosse. Esse sintoma é conhecido como pigarro, geralmente causado pelo acúmulo de muco, saliva ou secreções nas vias respiratórias altas. “A necessidade de “pigarrear”, ou seja, de limpar a garganta é gerada ou pela presença de alguma secreção “extra” ou de secreção “parada” (por ser mais viscosa e espessa) na região da laringe (um dos órgãos componentes da garganta). Estas secreções são frequentemente provocadas por infecções respiratórias – especialmente os resfriados, gripes, laringites e traqueítes inicialmente causadas por vírus respiratórios”, explica o otorrinolaringologista do Hospital Edmundo Vasconcelos, Raimar Weber.

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O médico detalha que episódios que duram cerca de três semanas são comuns especialmente durante e após os episódios de infecção e em épocas do ano em que as doenças respiratórias são mais frequentes. A baixa umidade do ar e a presença de maior quantidade de poluentes no ar também são condições que podem agravar a ocorrência dos pigarros.

A ocorrência do pigarro, porém, deve ser observada, especialmente se persistir por mais de três semanas consecutivas. “Em grande parte das vezes, especialmente quando na sequência de infecções respiratórias, o pigarro que se tornou crônico pode ser o único sintoma de alguma sinusite, traqueíte ou bronquite não adequadamente resolvida. Outra situação bastante frequente é quando ocorre refluxo do conteúdo do estômago passando pelo esôfago até a faringe e laringe, provocando irritação local e consequentemente produção da secreção localmente. Felizmente, muito raramente o pigarro, sem a presença de outros sintomas, será algum indicativo de câncer ou outra doença maligna”, analisa.

Para verificar se o pigarro pode indicar o sintoma de alguma doença mais grave podem ser necessários exames para a realização de um diagnóstico mais preciso. “A investigação do pigarro crônico pode incluir exames de endoscopia da via respiratória e digestiva (nasofibroscopia, endoscopia digestiva e broncoscopia) e exames radiológicos, como a tomografia computadorizada. O tratamento será voltado especificamente ao diagnóstico: a sinusite crônica, por exemplo, quando não resolvida com tratamento com medicamentos, pode eventualmente necessitar de tratamento cirúrgico”, ressalta o especialista.

Para se prevenirem os pigarros associados às condições do ambiente – como o ar seco e a presença de poluentes – algumas dicas são importantes. “Para minimizar seus efeitos, a hidratação adequada é extremamente importante. Não realizar atividades físicas nas horas do dia em que a umidade do ar estiver muito baixa é outra medida preventiva que pode ajudar. Outra dica útil é a lavagem do nariz com soro fisiológico. O tratamento de condições crônicas como a rinite, a bronquite/asma e o refluxo grastro-esofágico também são maneiras de se tratar e prevenir o pigarro”, finaliza Raimar.

*Informações Assessoria de Imprensa