Equilíbrio mental no trabalho: um desafio no pós-pandemia

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2021-08-13 | 00:24h
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2022-03-29 | 17:37h
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Saúde Debate
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Atingir o equilíbrio mental no trabalho já seria um desafio em qualquer momento, em qualquer empresa. Mas em um cenário pós-pandemia, uma crise que desencadeou tantas consequências pessoais e profissionaisAMP? Isto provocou também a necessidade de as empresas olharem para isso e verificar como poderiam lidar com os impactos emocionais causados pela pandemia em seus colaboradores.

O HUBRH+ABPRH, plataforma do setor de Recursos Humanos, fez um levantamento sobre o tema com profissionais de grandes empresas, com o objetivo de identificar as principais necessidades na saúde corporativa. Conforme o estudo, 66,3% dos entrevistados apontaram a gestão do bem-estar e da saúde mental dos colaboradores como o maior dos desafios a serem enfrentados. No início da pandemia, a principal dificuldade estava em engajar os colaboradores, mantê-los saudáveis, tanto do ponto de vista físico, como mentalmente, em um cenário totalmente desconhecido e adverso. Atualmente, mesmo com o termo “novo normal” não fazendo mais sentido, o tema continua sendo pauta e muito real no cotidiano dos RHs. 

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Entre as situações que podem afetar o equilíbrio mental no trabalho estão o luto, as sequelas de quem teve Covid-19 ou algum familiar doente, incertezas sobre o futuro, medo de contágio no ambiente de trabalho e absenteísmo. “Não há mais dúvidas de que os desgastes emocionais estão no centro dos debates de toda a sociedade. E nas organizações, essa preocupação, mais que necessária, está sob os cuidados do RH, que precisa olhar para inteligência emocional e do bem-estar como um dos pilares da experiência do colaborador. Além de garantir um retorno seguro, eficiente e sem neuras”, afirma Tania Machado, Presidente do HUBRH+ABPRH.

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Inteligência emocional

Além deste enorme desafio relacionado ao equilíbrio mental no trabalho, os gestores ainda precisam lidar com a Inteligência Emocional, uma habilidade que se tornou uma das mais exigidas pelas empresas. Segundo a fisiologista Debora Garcia, a Inteligência Emocional está relacionada, como o próprio nome sugere, à capacidade de uma pessoa de lidar – de forma inteligente – com suas emoções. 

“A inteligência emocional é muito importante para que o indivíduo compreenda e administre suas emoções, mas, também, para que possa fazer o mesmo com as pessoas com quem convive. Além disso, esse profissional vai saber lidar bem com o estresse e com a ansiedade, que são comuns no ambiente de trabalho”, explica. De acordo com ela, isto está ligado diretamente com a construção de relações saudáveis – sejam estas pessoais ou profissionais – e à qualidade de vida. O contexto afeta diretamente o equilíbrio mental no trabalho.

Equilíbrio mental no trabalho é observado por gestores e colaboradores (Foto: CoWomen / Pexels)

Dentro de uma empresa, independente de seu porte, é sabido que os profissionais terão de conviver entre si. As relações humanas são complexas e, para que sejam harmoniosas, dependem de indivíduos com comportamentos e ações adequadas. “A inteligência emocional é muito valorizada por diversas empresas no Brasil e no mundo porque, no dia a dia, seus profissionais vão ter problemas e vão precisar resolver conflitos. Nesses casos, é nítida a diferença entre as ações de uma pessoa que detém a habilidade e as ações de um indivíduo que ainda não a desenvolveu”, afirma Debora.

A especialista diz que a Inteligência Emocional pode impactar também na produtividade. Quem lida melhor com as emoções consegue encarar melhor com situações de estresse e pressão, conseguindo combater sentimentos de irritabilidade, que dificultam a concentração e o bom desempenho no trabalho.

Debora Garcia ressalta que a Inteligência Emocional pode ser desenvolvida e as próprias empresas podem atuar nesse processo. Confira algumas dicas:

  • Observe seus comportamentos diários consigo mesmo e com as pessoas ao seu redor. Avalie como você tem se sentido diante de situações cotidianas e verifique se suas emoções lhe fazem bem ou não. 

  • As emoções vistas como negativas existem e todos precisam aceitá-las. Para a inteligência emocional, é importante que você as entenda e saiba administrá-las de forma sábia, entendendo a “mensagem” que elas trazem, para que contribuam com seu crescimento.  

  • Seja no ambiente corporativo ou no ambiente familiar, você nunca deve ter medo de olhar para o que sente. Muitas vezes, as pessoas reprimem suas emoções e guardam tudo para si, o que traz consequências negativas. É importante saber expressar isso também. 

  • A empatia é um passo essencial da inteligência emocional. Entendendo que o outro é diferente de você, tem outras vivências e sente de forma única, mas que você pode se importar e ter uma emoção semelhante diante do que aquela pessoa está passando.

* Com informações das assessorias de imprensa

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