O Sindicato dos Médicos no Estado do Paraná (Simepar) completou 90 anos em 2021, celebrando e refletindo sobre sua história para inovar no futuro. A entidade, que está atenta aos direitos dos profissionais e privilegia a união da categoria profissional, se tornou um dos principais apoios dos médicos e médicas no estado. Seus 90 anos renderam uma homenagem em sessão solene realizada no dia 18 de novembro, na Câmara Municipal de Curitiba, por proposição do vereador Dalton Borba.
O presidente em exercício do Simepar, Marlus Volney de Morais, destacou durante a solenidade o papel do sindicato, que está ligado diretamente ao apoio à categoria, a dar “voz” a quem precisa e na atuação da defesa de condições que favoreçam as capacidades e habilidades dos médicos.
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“Vamos imaginar o que aconteceu há 90 anos, qual era o clima que permeou a criação do sindicato. Havia preocupação com dois fatores: exercício de qualidade das atividades e a preservação das condições de atendimento por parte dos profissionais que começavam suas estruturas de assistência”, lembrou. “É a história de visionários que pensaram como fazer com que uma instituição médica fosse permanente. Existe um esforço para a manutenção destas entidades médicas diante de tantos desafios, impostos por guerras mundiais, pandemias e acentuadas mudanças políticas. Se depender da gente, vamos inovar para continuar por pelo menos mais 90 anos”, declarou.
O presidente em exercício do Simepar destacou que entre os desafios estão os ajustes que o sindicato precisa fazer à modernidade, as novas relações de trabalho e as necessidades da classe médica. “Hoje, temos uma grande influência da tecnologia e ela vai modificar comportamentos e processos de assistência. Isto vai exigir que os médicos tenham treinamento em algumas atividades, para as quais eles ainda não estão preparados. O conhecimento e a ciência continuam os mesmos, mas a mudança de como colocá-los à disposição vai exigir uma mudança no relacionamento entre quem precisa do serviço e quem presta o serviço”, avalia.
Morais reforça que a tecnologia, apesar de aliada, também deve ser bem conduzida, pois pode induzir a um distanciamento entre médico e paciente, alterando a forma como o profissional atua. “Com tais fatores, muitas vezes, o médico pode não atuar como deveria”, indica. “Mas, por outro lado, a tecnologia facilita o acesso para aquelas comunidades que estão mais distantes e que não têm acesso à saúde diretamente. O médico poderá fazer até mesmo procedimentos a distância. E isso exigirá uma nova relação”, frisa.
De acordo com Morais, este contexto, juntamente com a proliferação de escolas de Medicina, estão entre os fatores a serem acompanhados a curto prazo. São temas que o sindicato acompanha, pois causarão impactos no mercado de trabalho.
Homenagem
Durante a sessão solene em alusão aos 90 anos do Simepar, o próprio sindicato entregou homenagens a médicos e entidades de destaque, como José Ferreira Lopes (Dr. Zequinha), presidente da Fundação Maurício Grabois; Wilmar Mendonça Guimarães, representando o Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR); Nerlan Tadeu Gonçalves de Carvalho, presidente da Associação Médica do Paraná (AMP); Clóvis Arns da Cunha, presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia; Chang Yen-Li Chain, representando a Associação Brasileira de Mulheres Médicas; e José Ferreira Lopes, que representou a central dos trabalhadores e trabalhadoras do Brasil.
Também serão homenageados Dr. Mário Ferrari, Dr. Nizan Pereira e Dr. Octávio da Silveira, que vão receber seus certificados em uma cerimônia a ser realizada na sede do Simepar.
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