Aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em fevereiro, e comercializado em farmácias e drogarias, o autoteste para a Covid-19 tem sido uma alternativa para detecção da doença. Entretanto, é preciso ficar atento para as suas recomendações. Afinal, qual é a finalidade do autoteste de Covid-19:
A advogada Ana Lúcia Souza, do escritório JBL Advocacia e Consultoria, alerta, porém, que o autoteste não serve como comprovante para fins de viagens, afastamentos do trabalho e entradas em eventos. As restrições foram estabelecidas pela própria Anvisa.
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Segundo Ana Lúcia, isso acontece porque o autoteste não gera um laudo médico. Assim, não há documento hábil para comprovar com segurança o real diagnóstico. “O autoteste deve ser utilizado como uma metodologia de triagem e os pacientes que testarem positivo para a Covid 19, conforme orientação do Ministério da Saúde, devem se dirigir às unidades de saúde ou laboratórios para obter um teste confirmatório, de antígeno ou PCR”, esclarece.
Sobre a finalidade do autoteste de Covid-19, o diretor técnico do Laboratório Lustosa, Adriano Basques, esclarece que é preciso cuidado ao fazer este tipo de exame, uma vez que ele pode apresentar um resultado falso negativo, caso a coleta do material não seja feita adequadamente. “Como é o próprio paciente quem faz a coleta, ele pode não conseguir inserir adequadamente o cotonete no nariz ou pode manusear o teste de forma incorreta, sem seguir os protocolos necessários. Com isso, o resultado pode ficar prejudicado, colocando em risco a saúde dele e de outras pessoas”, reforça.
Para os casos em que houve falta no trabalho, o empregado deve apresentar atestado médico para se justificar junto à empresa, conforme explica a advogada. E, para gerar um laudo médico, são recomendados os chamados “testes padrão ouro”, realizados em estabelecimentos de saúde e laboratórios.
O diretor do Lustosa explica que existem dois tipos de exames realizados atualmente para detectar se a infecção está ativa, ou seja, presente no organismo e com possibilidade de transmissão: o RT-PCR e a Pesquisa de Antígeno.
O teste mais recomendado é o RT-PCR, realizado a partir da coleta na nasofaringe, entre o 3º e o 10º dia desde o início dos sintomas ou 4 a 14 dias desde a suspeita de exposição ao vírus. Para pessoas com dificuldade de coleta na região da nasofaringe, o teste também pode ser realizado na saliva.
Já o teste Pesquisa de Antígeno deve ser feito até o 5º dia desde o início dos sintomas, com a vantagem que o resultado sai em até 30 minutos após a coleta da amostra.
* Com informações da assessoria de imprensa
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