![https://img.freepik.com/free-photo/woman-with-scar-her-arm_1253-97.jpg?t=st=1739535288~exp=1739538888~hmac=7eed42beeb9578176f6ddfb01e546a8edb888edeea516e968bdf5c7b8c030049&w=996 ia lesões](https://i0.wp.com/saudedebate.com.br/wp-content/uploads/2025/02/lesao-pele-tirachard.jpg?resize=696%2C465&ssl=1)
A terceira e última fase da campanha de prevenção ao câncer de pele, organizada pelo Grupo SOnHe em parceria com a Prefeitura de Campinas, ocorre neste mês de fevereiro em 4 piscinas públicas de Campinas. Nesta etapa, os professores, que passaram por treinamento prévio, indicarão alunos que tenham lesões suspeitas na pele para que participem da atividade de diagnóstico. Por meio de um aparelho que utiliza inteligência artificial, da PrevLife Health System, será possível fotografar, identificar e emitir um laudo, por inteligência artificial, que atesta ou não a suspeita de câncer de pele. As atividades ocorrerão nas piscinas públicas do Clube Municipal João Carlos de Oliveira, da Praça de Esportes Pompeu de Vitto, Ferdinando Panattoni e do Taquaral, entre os dias 12 e 21/02.
Leia também – A.C.Camargo reforça importância do diagnóstico precoce e prevenção de câncer de mama
A atividade faz parte de um projeto piloto que tem o objetivo de auxiliar o poder público no diagnóstico de câncer de pele. Vinícius Conceição, oncologista clínico e sócio do Grupo SOnHe, explica que caso haja a confirmação, as pessoas serão encaminhadas para biópsia ou ressecção da lesão no Hospital Mário Gatti, dando sequência a toda jornada de cuidado do paciente. “É fundamental que as ações de rastreio de tumores possam oferecer também o acompanhamento futuro. E esse projeto piloto que está sendo desenvolvido é um passo muito importante para a prevenção”, pontua o oncologista. As atividades de diagnóstico serão acompanhadas por dois dermatologistas parceiros do Grupo SOnHe. Gabriel Perez e Antonio Gomes Neto serão responsáveis por atestar a análise das lesões.
A campanha de prevenção ao câncer de pele teve início em dezembro de 2024, marcando as ações de conscientização do Dezembro Laranja. Na primeira etapa, cerca de 30 instrutores de práticas desportivas e estagiários da Prefeitura de Campinas participaram de uma palestra, com um oncologista do Grupo SOnHe, seguida de um treinamento sobre como identificar pintas suspeitas nos alunos. A segunda etapa ocorreu cerca de duas semanas depois e foi voltada aos usuários das piscinas, que receberam informação sobre os diferentes tipos de lesões que podem indicar câncer de pele e amostras de protetores solar. A terceira e última etapa é voltada para a identificação de possíveis lesões de pele e o encaminhamento do paciente para a Rede Mário Gatti, onde receberá o tratamento necessário. “O câncer de pele tem cura se for diagnosticado e tratado precocemente. A ação que será desenvolvida com os frequentadores das piscinas municipais que integram esse programa é importante no sentido de identificar a doença em estágio inicial, porque a eficácia do tratamento diminui quanto mais tarde fora a intervenção. O diagnóstico precoce também ajuda a simplificar o processo de tratamento”, alerta Carlos Arca, diretor técnico do Hospital Municipal Dr. Mário Gatti.
O carcinoma basocelular é o tipo mais comum de câncer de pele e um dos mais simples. Ele é responsável por 31,3% dos casos de câncer no Brasil e é um dos tumores que podem ser evitados por meio da prevenção. Um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de pele é a exposição ao sol. Até o fim deste ano, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o Brasil deve diagnosticar 704 mil novos casos de câncer por ano, sendo o carcinoma responsável por 30% dos casos, o que representa mais 220 mil casos da doença por ano. O câncer de pele é mais comum entre os homens, respondendo por 51% dos casos. Débora Curi, oncologista clínica do Grupo SOnHe, explica que, num país como o Brasil, a prevenção é necessária o ano todo em função da incidência diária de sol. “É essencial evitar a exposição prolongada ao sol no horário de maior incidência da radiação, entre 10 e 16 horas. Também é importante fazer uso de filtro solar, óculos escuros, chapéu ou boné”, alerta a médica. Para Fernando Vanin, secretário municipal de Esportes e Lazer de Campinas, a campanha é importante, não só para quem utiliza as piscinas, mas para toda a comunidade, por propagar a mensagem de que é necessário que toda pessoa adote o hábito de cuidados com a pele para a prevenção do câncer. “Isso vale para caminhadas ou em qualquer esporte ao ar livre, porque, via de regra, a gente sempre se preocupa com protetor solar quando a gente vai para praia ou piscina, mas não quando a gente faz um esporte ao ar livre”, reforça o secretário.
Sobre o câncer de pele
O câncer de pele é mais comum em pessoas de pele clara, com mais de 40 anos. Além da exposição ao sol, a baixa imunidade e o histórico familiar podem ser fatores de risco.
Observar o próprio corpo é fundamental para que possamos protegê-lo. No caso das pintas, que podem indicar um tipo de câncer de pele, vale a regra do ABCDE. Se a pinta for assimétrica, tiver a borda irregular, apresentar dois tons ou mais, tiver a dimensão superior a seis milímetros e evoluir de tamanho ou apresentar alteração de cor, é muito provável que seja um tumor maligno, caso contrário, é considerado benigno.
O tratamento para o câncer de pele costuma apresentar mais de 90% de chance de cura do paciente, que pode ser submetido à cirurgia e em alguns casos até à quimio, radioterapia. Já o melanoma, representa apenas 4% de todos os tumores de pele. Apesar da baixa incidência, é responsável por cerca de 2 mil mortes por ano. As regiões sul e sudeste são as que mais apresentam casos da doença. O melanoma é mais frequente em adultos de pele branca, com mais de 40 anos, e pode se desenvolver em qualquer parte da pele, inclusive nas mucosas.
*Informações Assessoria de Imprensa