Profissionais da Odontologia dão dicas para uma atuação ecologicamente correta

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(Foto: Freepik)

O Dia Mundial do Meio Ambiente foi instituído em 5 de junho de 1972 pela Organização das Nações Unidas (ONU), na Suécia, durante a Conferência de Estocolmo. Na ocasião, foi discutido o futuro ecológico do planeta. A partir dali, houve uma ampliação das discussões dos problemas ambientais, contudo, muitos deles ainda estão longe de serem solucionados. Temas como poluição e destruição de áreas ecológicas ainda representam um grande desafio para diversos setores. O Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP) e seus representantes incentivam práticas sustentáveis no exercício diário da Odontologia para um planeta saudável e melhor para todas as espécies.

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O Cirurgião-Dentista e membro da Câmara Técnica de Saúde Coletiva do CROSP, Fabio Eduardo Spinosa, defende que os profissionais da Odontologia podem contribuir para a redução de impactos negativos na natureza, repensando seu dia a dia e suas atitudes em relação ao gerenciamento adequado dos resíduos produzidos em seu serviço, os quais são gerados durante os procedimentos odontológicos e que devem ser descartados adequadamente para evitar a contaminação do meio ambiente.

“Basicamente, ser ecologicamente correto é dar destino correto aos nossos resíduos. Atualmente, temos recursos como a digitalização de registros, o que reduz a quantidade de papel. Esta transição para registros digitais e a redução do uso de papel não apenas economizam recursos naturais, mas também ajudam a otimizar a organização e o armazenamento de informações nos consultórios odontológicos”.

Fabio explica que a escolha de materiais odontológicos sustentáveis é importante para minimizar o impacto no meio ambiente. “Isso inclui a preferência por produtos e equipamentos que sejam fabricados com materiais recicláveis, biodegradáveis ou provenientes de fontes renováveis”.

O Cirurgião-Dentista reforça ainda que a utilização de equipamentos modernos e eficientes pode ajudar a economizar energia e reduzir o impacto ambiental. Ele acrescenta que o mesmo se aplica à conservação do uso responsável da água durante os procedimentos odontológicos e orientações sobre a utilização adequada durante a escovação dos dentes. “Desta forma poderemos contribuir para preservar os recursos hídricos do nosso meio ambiente. Se fizermos no nosso dia a dia a educação de nossos colaboradores, de nossos clientes e pacientes, para uma saúde geral, incluindo uma saúde ambiental, propondo para que utilizem a energia de forma consciente, sem desperdício, estaremos praticando uma Odontologia ecologicamente correta”.

Tecnologia como aliada do meio ambiente

O Cirurgião-Dentista e membro da Câmara Técnica de Gestão de Resíduos Contaminantes em Odontologia do CROSP, Gabriel Tadeu Leite de Andrade, lembra que, historicamente, a Odontologia nunca parou de evoluir. De acordo com ele, a cada dia surgem materiais cada vez mais modernos, desenvolvidos por empresas empenhadas em produzir materiais melhores e com um menor impacto para o meio

ambiente. Um exemplo clássico, citado por Gabriel, foi o surgimento de uma infinidade de materiais restauradores livres de mercúrio e prata.

“Passamos por diversos momentos e, agora, já entramos na era digital, o que também está trazendo muitos benefícios, não só na parte técnica (como agilidade e precisão), mas também benefícios para o meio ambiente. Imagine que antes das radiografias digitais, para se obter uma simples imagem periapical, necessitávamos do filme radiográfico, que em sua composição contém acetato, prata, plástico e lâmina de chumbo, além dos líquidos usados para a revelação e fixação, que também são altamente poluentes e muitas vezes descartados de forma inadequada na rede de esgotos”.

Gabriel mencionou outro exemplo: o escaneamento intraoral, que, segundo ele, permite obter um modelo virtual e nele projetar uma peça protética na tela do computador, livre de um modelo de gesso e materiais de moldagem. “Se pensarmos de uma forma mais ampla, a possibilidade de enviar este mesmo projeto por e-mail para um laboratório de prótese dispensa a necessidade do uso de um meio de transporte que, na sua maioria, utiliza um combustível fóssil para se locomover”.

Ainda de acordo com o Cirurgião-Dentista, a Odontologia é capaz de ser sustentável – e isso vai além da parte técnica e do atendimento clínico. Assim como o Dr. Fabio, Dr. Gabriel também acredita que, antes mesmo do paciente entrar para a sala de atendimento, as mudanças de comportamento podem trazer impactos positivos para o meio ambiente. Além da digitalização e uso de software para gestão de consultório, ele reforça que as receitas digitais, como as que são disponibilizadas pelo site do CROSP, também contribuem para uma diminuição considerável do uso do papel.

“Atitudes simples como, por exemplo, substituir copos plásticos por copos de papel seria uma opção – ou até mesmo cada membro da equipe ter seu próprio copo. Para uma Odontologia mais sustentável é necessário que o Cirurgião-Dentista, assim como todos que trabalham com ele, saibam da importância e dos benefícios de cada mudança no ambiente de trabalho que visa a construção de um planeta melhor”.

Por fim, vale ressaltar que pequenas atitudes podem gerar grandes impactos. Conhecer e entender a importância dos 5Rs da sustentabilidade (repensar, recusar, reciclar, reutilizar e reduzir) e tentar empregar na rotina clínica sem que isso afete a segurança dos pacientes e equipe é fundamental para que se alcance uma Odontologia moderna e alinhada com a preservação do meio ambiente.

*Informações Assessoria de Imprensa