Pesquisa mostra como a variante Delta se instalou no Brasil

Estudo desenvolvido pelo Grupo Pardini com apoio da UFMG foi reconhecido pela Viruses, uma das principais revistas de virologia do mundo

Estudo foi desenvolvido pelo Grupo Pardini, com apoio da UFMG foi reconhecido pela Viruses, uma das principais revistas de virologia do mundo
(Foto: Freepik)

Identificar as novas variantes do coronavírus se mostrou uma das principais ferramentas para combater o avanço da doença no mundo e avaliar a eficácia da vacinação. Foi pensando nisso que a equipe de Pesquisa & Desenvolvimento do Grupo Pardini, um dos maiores players de Medicina Diagnóstica do país, iniciou um estudo para avaliar como a variante Delta se instalou no Brasil.

Com apoio da equipe de professores da UFMG, a Universidade Federal de Minas Gerais, de abril a outubro do ano passado, os pesquisadores estudaram a dinâmica e disseminação das variantes de SARS-CoV-2 circulantes no Brasil em amostras  coletadas em 15 unidades federativas abrangendo todas as regiões do país. O levantamento revelou que a Delta foi inicialmente detectada no dia 1º de junho  e levou 16 semanas para se sobressair à variante Gama. Na segunda metade de agosto, compreendia mais de 60% dos casos. Em outubro, o índice ultrapassava os 90%.

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O estudo feito paralelamente com cruzamento de dados públicos do Ministério da Saúde, comprovou que a variante Delta tem uma maior taxa de transmissibilidade, embora apresente sintomas mais leves. “Delta Variant of SARS-CoV-2 Replacement in Brazil: A National Epidemiologic Surveillance Program” foi publicado em uma das principais revistas de virologia do mundo, a Viruses: www.mdpi.com/1999-4915/14/5/847.

“Os resultados obtidos com um estudo deste porte podem ajudar as autoridades de saúde a entenderem o comportamento do vírus e, consequentemente, pensar em políticas públicas para minimizar os impactos da doença na população. Levar saúde a todos os cantos do Brasil é um dos nossos propósitos. Por isso, ficamos orgulhosos por poder entregar um estudo como esse, gerando conhecimento acerca da COVID-19”, destaca Danielle Zauli, pesquisadora do Grupo Pardini.

* Informações da assessoria de imprensa

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