Pesquisa inédita revela que brasileiros querem trocar de emprego por mais bem-estar e saúde mental

trocar emprego
(Foto: Freepik)

Reconnect Happiness at Work & Human Sustainability, em parceria com a Pin People e a Coalizão de Sustentabilidade Humana e Bem-Estar, finalizaram uma pesquisa inédita sobre bem-estar, sustentabilidade humana e produtividade consciente no Brasil. Realizada entre 17 de outubro e 15 de novembro de 2024, a pesquisa contou com a participação de 721 respondentes – de 20 estados brasileiros – coletando mais de 3.100 comentários – para analisar os principais desafios enfrentados pelos trabalhadores no país.

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Os dados foram reunidos no “1º Relatório de Sustentabilidade Humana e Produtividade Consciente no Trabalho“, que também traz ideias e oportunidades para que as empresas possam implementar e dar alguns passos rumo a transformações positivas, que tragam bem-estar e sustentabilidade para o mundo corporativo.

A análise do relatório revelou que a geração Z é a mais insatisfeita no trabalho atualmente, que a produtividade está diretamente ligada ao bem-estar e ainda que 66% dos brasileiros trocariam de empresa por outra que tivesse mais cuidado com a sua saúde mental. O estudo também aponta os maiores desafios para as organizações brasileiras, são eles: a liderança, a falta de equilíbrio vida-trabalho e a ausência de suporte ao bem-estar, enquanto a ansiedade é o sentimento predominante.

Principais destaques do estudo:

  • GenZ é a geração mais insatisfeita: Com um eNPS de -24, a geração Z (9.2% dos respondentes) enfrenta dificuldades de adaptação, alinhamento com propósito e bem-estar no trabalho;
  • Produtividade está diretamente ligada ao bem-estar:Profissionais que se sentem sempre produtivos apresentam eNPS de +22, enquanto aqueles que raramente se sentem produtivos registraram -84;
  • Os principais desafios de sustentabilidade humana atualmente são:  dificuldade de se expressar com a liderançafalta de equilíbrio vida pessoal e profissional, e pouco suporte da empresa ao bem-estar.
  • 66% aceitariam trocar de empresa por outra que priorizasse o bem-estar, mesmo com salário igual ou menor.
  • Ansiedade é o sentimento predominante no trabalho: 5% dos respondentes citaram a ansiedade como principal emoção associada ao ambiente corporativo.
  • Modelos de trabalho flexíveis geram mais satisfação:O modelo remoto foi o único com eNPS positivo (+13), enquanto o presencial obteve o pior desempenho (-20).

“Para que possamos realizar mudanças efetivas, é crucial compreender o cenário brasileiro do trabalho, principalmente em sustentabilidade humana, bem-estar e produtividade, e o relatório busca oferecer insights valiosos para esse propósito”, explica Renata Rivetti, especialista em felicidade corporativa e CEO da Reconnect.

A atualização da NR-01 (Norma Regulamentadora – NR nº 1), publicada em agosto de 2024, introduziu a obrigatoriedade de identificar e gerenciar riscos psicossociais no Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR). Essa atualização, aprovada pela Comissão Tripartite Paritária Permanente (CTPP), amplia o escopo da gestão de riscos ocupacionais, incluindo agora, além dos riscos físicos, químicos, biológicos, de acidentes e ergonômicos, a necessidade de considerar os riscos psicossociais relacionados ao ambiente de trabalho.

Com a nova norma, as empresas devem realizar avaliações periódicas desses riscos e adotar medidas preventivas específicas, adequadas à natureza de cada atividade. A inclusão dos riscos psicossociais no PGR sublinha a importância da saúde mental no contexto da segurança e saúde ocupacional. As empresas precisam agora identificar fatores como estresse, assédio, sobrecarga de trabalho e pressão, entre outros, que possam comprometer o bem-estar dos trabalhadores

Essa mudança reflete uma evolução do mercado, exigindo que as organizações assumam um papel ativo na identificação e mitigação de riscos, garantindo que os colaboradores não adoeçam mentalmente devido à sobrecarga ou ambientes tóxicos.

A versão completa do relatório traz um aprofundamento dessas estratégias, mostrando como as empresas podem liderar a transformação do trabalho no Brasil.

*Informações Assessoria de Imprensa