Parkinson: saiba como ajudar pessoas que vivem com a doença

A morte do conhecido ator Paulo José, de 84 anos, nesta quarta-feira, 11 de agosto, chama a atenção para o Parkinson, uma doença crônica e neurodegenerativa que o ator enfrentou por mais de 20 anos, inclusive atuando em papéis em que o personagem também sofria com a situação de sua vida real.

Dados do IBGE estimam que existam hoje, no Brasil, cerca de 200 mil pessoas com a doença de Parkinson, o que corresponde a um aumento de 16% nos últimos 5 anos. O Parkinson afeta principalmente pessoas com mais de 65 anos.

Segundo a coordenadora do núcleo de fisioterapia do Centro de Excelência em Recuperação Neurológica (CERNE), Tawani Sanches Suzuki, a doença de Parkinson atinge o sistema nervoso central, causando a diminuição intensa e gradativa da produção de dopamina, um neurotransmissor que ajuda na transmissão de mensagens entre as células nervosas, causando os tremores.

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Atualmente existem vários tratamentos que ajudam na contenção da doença, como atividades para minimizar os sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente, que podem ser indicados pelo médico especialista e orientados por um fisioterapeuta.

Saiba como ajudar pessoas que vivem com a doença de Parkinson:

  1. Inicie o tratamento o mais rápido possível, mesmo que os sintomas ainda sejam leves. Lembre-se que além de melhorar os sintomas já estabelecidos, a fisioterapia também atua de forma preventiva, minimizando a evolução da doença.
  2. Retire de casa todos os objetos que possam causar acidentes e quedas, como tapetes, brinquedos de crianças e dos animais de estimação. Evite também caminhar em lugares escorregadios e terrenos irregulares e tome sempre muito cuidado com os degraus.
  3. Realize adaptações nos ambientes para te ajudar a evitar acidentes como, por exemplo, a instalação de barras de apoio nos banheiros, corrimão nas escadas e pisos antiderrapantes. Acenda as luzes e coloque os óculos ao se levantar a noite para ir ao banheiro ou à cozinha. Nunca se levante no escuro.
  4. Procure manter o comprimento dos passos durante a caminhada, evitando que eles se tornem muito pequenos, e no momento do passo tente tocar o chão sempre com o calcanhar primeiramente.
  5. Tente se concentrar em dar o passo tocando o chão com o calcanhar ou imaginar uma linha no chão a ser ultrapassada – quando se sentir preso ao chão (congelamento da marcha).
  6. Evite realizar outra atividade enquanto caminha como, por exemplo, utilizar o celular. Concentre-se no que está fazendo para não tropeçar e cair.
  7. Realize diariamente atividades cognitivas para estimular a memória e a concentração – como leitura, caça-palavras, palavras cruzadas, sudoku etc.
  8. Realize atividades físicas de forma regular, porém faça essas atividades com segurança e supervisão, se for necessário.

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p class=”ql-align-justify”>Para finalizar, Tawani lembra da importância de um profissional qualificado para o tratamento da doença: “Procure ajuda de profissionais especializados para que você ou seu familiar não corram nenhum risco. Você pode encontrá-lo através do site da Associação Brasileira de Fisioterapia Neurofuncional – ABRAFIN“.

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