A Secretaria da Saúde do Paraná finaliza o período sazonal 2019/2020 de monitoramento da dengue com a publicação de boletim epidemiológico nesta terça-feira (14 de julho). O estado fecha o ciclo de 12 meses de acompanhamento com 227.724 casos e 177 mortes confirmados pela doença.
Em relação ao período anterior entre 2018/2019, o aumento no número de casos confirmados foi de mais de 1000%, quando o total registrado havia sido de 21.017. “A doença segue como uma das maiores preocupações do estado”, disse o secretário da Saúde do Paraná”, Beto Preto.
“Estamos finalizando mais um ciclo, mas o monitoramento e as ações seguem em todo estado. Os números são altos, existe uma epidemia de dengue e por isso reforçamos nosso apelo para a que população fique atenta e participe deste combate. A dengue pode ser evitada com a eliminação dos criadouros do mosquito transmissor da doença. Pesquisas mostram que 90% dos focos estão nos domicílios e podem ser removidos prevenindo casos da doença e mortes”, afirmou Beto Preto, secretário de Estado da Saúde, reforçando que as ações de combate à dengue devem continuar, mesmo na pandemia de Covid-19 e no inverno.
Dados
Os dados que finalizam o período apontam 360.472 notificações em 374municípos, abrangendo as 22 Regionais de Saúde do Estado.
Atualmente, 244 cidades estão em situação de epidemia e 31 em alerta para a dengue.
O informe mostra que 22.70 casos seguem em investigação.
Em relação aos óbitos por dengue, o aumento em relação ao boletim do período anterior é de cerca de 80%. Entre 2018/2019 foram 22 óbitos e agora são 177 mortes provocadas por dengue.
Desde o início do período, a Sesa já alertava para a possibilidade de aumento expressivo de casos devido ao novo sorotipo da doença, o Den-2, que até então não circulava no estado. O fluxo do subtipo diferente fez com que as pessoas infectadas evoluíssem para formas mais graves da dengue.
A validação do diagnóstico clínico para os casos confirmados de dengue, independente de exames laboratoriais, é apontada como outro fator significativo para o aumento do número de casos. A partir deste ciclo a Vigilância Epidemiológica passou a considerar o laudo médico já decisivo para confirmação de caso, sem a necessidade da realização de testes confirmatórios.
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O boletim da Sesa monitora ainda as ocorrências de chikungunya e de zika vírus e confirmou 10 e dois casos, respectivamente no período. As doenças também são provocadas pelo mosquito Aedes Aegypti.
Clique aqui para conferir o boletim completo.
Apesar do encerramento o período sazonal, a Secretaria da Saúde do Paraná informa que a consolidação de dados de 2019/2020 será feita no mês de novembro junto com o fechamento das informações do Sistema de Informações de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde.
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