Paraná é o segundo estado do Brasil com menor tempo de espera na fila do transplante de córnea

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(Foto: Freepik)

A fila de espera do transplante de córnea no Brasil quase triplicou em uma década, segundo o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO). Em 2014, eram 10.734 aguardando o procedimento. Em junho de 2024, o número subiu para 28.937. A médica nacional de espera é de 194 dias (6 meses e meio). O Paraná é o segundo estado do país com o menor tempo de fila (119 dias), atrás apenas do Ceará, com 63 dias.

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Uma das justificativas para este aumento, segundo o Conselho, foi a pandemia da covid-19, que impactou significativamente os procedimentos eletivos. O aumento mais expressivo na fila de espera por um transplante de córnea foi registrado exatamente em 2020, quando o total saltou de 12.212, em 2019, para 16.337, um crescimento de 33%.

Segundo o oftalmologista do Hospital de Olhos do Paraná, Robson Torres, o transplante é necessário quando, por algum motivo, o paciente perde a transparência da córnea. “Isso pode ocorrer devido a doenças que afetam o formato do órgão, como Ceratocone ou degeneração marginal pelúcida (DMP). Também podem acontecer por problemas que afetam a transparência da córnea, como ceratopatia bolhosa, distrofia de fuchs, cicatrizes pós trauma ou mesmo por ceratites infecciosas”, explica o especialista.

Avanço nas técnicas

O avanço da medicina e das técnicas cirúrgicas tornaram o transplante de córnea mais seguro e eficaz, de acordo com Robson. “Hoje fazemos transplantes chamados lamelares onde se troca apenas a parte da córnea afetada, melhorando o resultado final, tendo assim uma reabilitação visual mais rápida e diminuindo as chances de rejeição. O procedimento geralmente é realizado sob anestesia local, dura em torno de 90 minutos e o paciente já vai de alta logo após o término da cirurgia, sem necessidade de internamento. As chances de sucesso variam conforme o caso e a técnica de transplante que vai ser executada, mas em geral as chances são muito boas de uma recuperação total da visão”, afirma o oftalmologista.

Uma dúvida recorrente é se é possível prevenir os problemas oftalmológicos que evoluem até ser necessário o transplante de córnea. “Principalmente quando se fala em Ceratocone, que é uma das principais causas de transplante de córnea. Quando esta doença é detectada precocemente em consulta, existem tratamentos que impede a progressão do problema, o que praticamente elimina a possibilidade de o paciente necessitar de transplante de córnea”, explica.

*Informações Assessoria de Imprensa

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