Para quem vive com o sistema imunológico enfraquecido, como pacientes transplantados, em tratamento contra o câncer, com doenças autoimunes ou HIV, até mesmo vírus respiratórios comuns podem representar um risco elevado à saúde. O que em pessoas saudáveis costuma ser apenas um resfriado ou gripe, nesses casos pode se transformar em uma infecção grave e, por vezes, fatal.
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Segundo Jéssica Fernandes Ramos, infectologista do Hospital Sírio-Libanês, “os vírus respiratórios, como o da gripe (influenza), COVID-19, vírus sincicial respiratório e o próprio citomegalovírus, podem causar complicações sérias em pacientes imunossuprimidos. É por isso que a prevenção deve ser parte do dia a dia dessas pessoas.”
Quais vírus causam mais preocupação?
– Influenza (vírus da gripe): pode evoluir rapidamente para pneumonia e internação.
– Coronavírus (COVID-19): ainda é uma ameaça séria para esse grupo.
– Vírus Sincicial Respiratório (VSR): perigoso para crianças, idosos e imunocomprometidos.
Como se proteger?
A primeira e mais importante barreira de proteção é a vacinação. “As vacinas inativadas, como as da gripe, COVID-19, hepatite B e pneumococo, são seguras e recomendadas para imunossuprimidos. Já as vacinas com vírus vivos atenuados, como a da febre amarela, precisam de avaliação individual”, orienta a médica.
Sempre que possível, a imunização deve ser feita antes do início de tratamentos que enfraquecem o sistema imunológico, como a quimioterapia ou o uso de medicamentos imunossupressores.
Outro ponto fundamental é garantir que todos ao redor também estejam vacinados. “Cuidadores, familiares e profissionais de saúde devem estar imunizados. Criar uma rede de proteção ao redor do paciente é tão importante quanto protegê-lo diretamente”, reforça Jéssica.
Cuidados diários que fazem a diferença
– Higienize as mãos com frequência.
– Use máscara em ambientes fechados ou com muitas pessoas.
– Evite aglomerações, principalmente em épocas de maior circulação viral.
– Mantenha janelas abertas e os espaços bem ventilados.
– Limpe superfícies tocadas com frequência.
– Oriente todas as pessoas próximas sobre os cuidados necessários.
Atenção aos primeiros sinais
Para pacientes imunossuprimidos, sintomas leves como tosse, febre baixa, fadiga ou dificuldade para respirar podem indicar o início de uma infecção grave. O ideal é buscar atendimento médico logo no início dos sintomas. “Esses pacientes não têm a mesma capacidade de reagir às infecções. O que seria uma gripe comum em outros pode evoluir rapidamente para algo muito mais sério”, explica a especialista.
Vigilância e informação salvam vidas. “Cada cuidado conta. A soma da vacinação, prevenção no dia a dia e atenção aos sintomas pode evitar complicações graves e salvar vidas”, conclui Jéssica.
*Informações Assessoria de Imprensa