Pacientes com câncer devem ter acompanhamento de Terapia Ocupacional para manter independência

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2024-11-20 | 18:00h
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2025-04-17 | 10:06h
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(Foto: Freepik)

O câncer é uma das principais causas de morte no mundo, entretanto, apesar dos avanços na área da medicina, de acordo com dados do Observatório de Oncologia do Movimento Todos Juntos Contra o Câncer, entre 2029 e 2030, a doença deve ultrapassar as complicações cardiovasculares como principal causa de mortes no Brasil.

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Muitos desses pacientes vão sofrer danos psíquicos e/ou motores, entre outras consequências dadoença e seus tratamentos, podendo perder sua autonomia na hora da realização de atividades básicas do dia a dia, como vestir-se e alimentar-se. Nesse cenário, a Terapia Ocupacional (TO), em conjunto com uma equipe multidisciplinar e o cuidado familiar, ajuda a melhorar a qualidade de vida desses pacientes e a reconquistar, aos poucos, a sua independência.

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“O tratamento de câncer é sempre difícil, afetando não apenas questões físicas, mas também psicológicas. Por isso, o trabalho do terapeuta ocupacional tem como principal objetivo, devolver a cada paciente sua condição de autonomia e independência para suas ocupações cotidianas, mesmo diante de perdas motoras, sensoriais e psíquicas trazidas pelo adoecimento”, destaca Syomara Cristina, terapeuta ocupacional, com mais de 30 anos de atuação.

Atuação da Terapia Ocupacional

O ideal é o encaminhamento para a TO logo no início do tratamento, uma vez que assim, o profissional poderá identificar as necessidades do paciente, quais são os sintomas e como irão progredir, além do impacto que o câncer e uma possível intervenção cirúrgica terão no seu cotidiano. “Sempre ouvimos falar sobre a importância de um diagnóstico precoce para aumentar as chances de cura, mas se faz igualmente essencial a intervenção de uma equipe multidisciplinar, ainda nos primeiros momentos, ou seja, iniciar não apenas o tratamento de medicamentos contra o câncer, mas também o psicológico, fisioterapia e terapia ocupacional. No caso da TO, quanto mais cedo o terapeuta começar seu trabalho, melhor poderá aperfeiçoar o desempenho ocupacional, favorecendo a independência, autonomia e consequente melhora na qualidade de vida”, complementa Syomara.

Como é realizado o tratamento?

O terapeuta ocupacional poderá oferecer ao paciente em tratamento oncológico atividades manuais, lúdicas, artísticas e expressivas, gerando autoconfiança, bem-estar e autoestima. Além de resgatar a independência do paciente, a TO realiza atividades que ajudam a controlar dores e incômodos, ensinam a ter um bom posicionamento na cama ao dormir ou voltar a movimentar os membros superiores, por exemplo. E, quando o paciente apresentar falta de ar, podem ser feitos exercícios que trabalhem a respiração, no sentido de normalizá-la.

“As atividades e a regularidade serão propostas pelos terapeutas a partir de uma análise do paciente e são avaliadas caso a caso. Algumas podem ser facilmente realizadas pelo paciente em sua casa, contribuindo para o sucesso do tratamento, que deve ter o aval do médico responsável”, explica a terapeuta ocupacional.

O renomado oncologista pediátrico, Giulio J. D’Angio, destacou no Congresso Internacional de Oncologia Pediátrica em 2008, a importância da Terapia Ocupacional na qualidade de vida dos pacientes com câncer. O profissional, que na década de 70 já destacava a importância do tratamento das sequelas e comorbidades da doença, falou em seu discurso: “Vocês, Terapeutas Ocupacionais, irão fazer a diferença na qualidade de vida dos pacientes com câncer!”.

Onde encontrar?

Desde outubro de 2021, os profissionais da área estão disponíveis não apenas na rede privada e particular, mas também para os pacientes atendidos pelo Sistema Único de Saúde, dependendo apenas da demanda e se a região desejada é assistida pela modalidade. O serviço é oferecido, dentre outras questões, para pacientes com câncer e em cuidados paliativos.

*Informações Assessoria de Imprensa

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