Os riscos de ingerir dimenidrinato para dormir

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(Foto: Freepik)

Toda pessoa alguma vez na vida já teve náuseas e vertigens, e para aliviar esse tipo de desconforto, ingeriu sob prescrição médica o famoso dimenidrinato, conhecido popularmente como Dramin. O fármaco costuma ser indicado nessas ocasiões devido ao fato de bloquear os sinais que o cérebro envia para o estômago, que podem causar vômitos, porém, quando o assunto é adormecimento, muitos medicamentos são utilizados sem prescrição, podendo gerar sérios problemas de saúde, e o dimenidrinato é um deles. 

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De acordo com Camila de Paula Uzam, coordenadora do curso de Farmácia da Universidade Cidade de S. Paulo – UNICID, o medicamento dá sono pelo fato de atravessar a barreira hematoencefálica, que é uma proteção natural do cérebro contra substâncias potencialmente prejudiciais.  

Ao atravessar essa barreira, bloqueia os receptores de histamina H1 no cérebro, que regulam o estado de alerta e vigília. Uma vez que os receptores estão bloqueados, o efeito resultante é uma redução da atividade do sistema nervoso central, o que causa sonolência.  

“Em primeiro lugar, é importante destacar que o dimenidrinato não é indicado para pessoas com dificuldade de dormir. Seu uso indiscriminado pode interferir nas fases do sono, especialmente no REM (movimento rápido dos olhos), que é essencial para a recuperação mental e física. Além disso, é possível que ocorra dependência psicológica, ou seja, o paciente só consegue dormir se tomar o medicamento, o que prejudica significativamente a sua qualidade de vida”, afirma.  

A coordenadora do curso de Farmácia da UNICID ressalta que ingerir um medicamento como o dimenidrinato com o objetivo de atingir o sono pode retirar completamente o seu efeito se no futuro, a pessoa estiver enjoada. 

“Trata-se de um caso clássico de tolerância medicamentosa. Quando o paciente toma o Dramin sem orientação, o corpo pode desenvolver tolerância ao medicamento, necessitando de doses maiores para obter o mesmo efeito, o que aumenta o risco de resultados colaterais. Isso reflete no tratamento das náuseas, e enjoo, cujos efeitos terapêuticos podem não ser observados”, explica.  

No caso do dimenidrinato, ele pode causar vários problemas colaterais além da sonolência. Segundo Uzam, são observados efeitos anti-colinérgicos como boca seca, visão turva, constipação, retenção urinária e confusão mental, especialmente em idosos. O uso prolongado também pode aumentar esses riscos. Sendo assim, o melhor caminho para ingerir qualquer medicamento é sob prescrição médica. 

*Informações Assessoria de Imprensa

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