Parceria que salva vidas: o papel dos obstetras e infectologistas na vacinação

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(Foto: gpointstudio/Freepik)

Um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) divulgado no ano passado, revelou que o Brasil saiu do ranking dos 20 países com mais crianças não imunizadas do mundo, em que chegou a ocupar o 7º lugar em 2021. Esses dados indicam que estamos no caminho certo para transformar a vacinação no país,  evidenciando não apenas o fortalecimento das campanhas preventivas, mas também o crescente empenho da população em garantir a proteção vacinal, tanto para si quanto para seus filhos.

Sem dúvida, a vacina é responsável pela redução significativa de doenças e óbitos ao longo das décadas, sendo essencial em todas as fases da vida, especialmente na infância e na terceira idade. E, para garantir uma proteção eficaz, é fundamental que os pais mantenham a caderneta de vacinação de seus filhos atualizada, com as doses de reforço recomendadas até os nove anos de idade. Entre as vacinas necessárias nesse período estão BCG, rota vírus, meningite, influenza, febre amarela, tríplice viral, hepatite, dTpa, Beyfortus e HPV.

Cuidado que começa no feto

Contudo, a imunização começa ainda na gestação, quando a proteção da vacina na mãe é transmitida ao bebê. Nesse período, a vacinação é essencial para garantir a segurança tanto da gestante quanto do recém-nascido. O obstetra, especialista que acompanha a gravidez, parto e pós-parto, tem um papel essencial para manter a imunização da gestante em dia.

Durante a gravidez, a mulher fica mais vulnerável a doenças infecciosas que podem representar riscos graves, como a coqueluche e a gripe. E o obstetra é quem vai checar o histórico vacinal da gestante, informando as vacinas necessárias, como HPV, dTpa e VSR. Assim, esse profissional não apenas contribui para a saúde da mulher, mas também ajuda a prevenir complicações para o recém-nascido, promovendo mais segurança nos primeiros dias de vida.

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O nascimento de uma vacina

As vacinas são a forma mais eficaz no combate à doenças infecciosas. O processo para criá-las não é fácil, custa milhões de reais e pode durar anos até o cumprimento de todas as etapas. Ao todo, seu desenvolvimento é dividido em quatro fases: a pré-clínica, realizada em laboratório por meio de cobaias para avaliar a segurança e eficácia, seguida do teste 1 feito com um grupo pessoas para verificar segurança e dosagem; já a fase 2 é realizada com um grupo maior para avaliar a resposta imune e efeitos colaterais e, por fim, a fase 3 é um teste em grande escala com milhares de pessoas para confirmar eficácia e monitorar efeitos adversos raros.

Por fim, no último estágio deste percurso, os infectologistas desempenham um papel fundamental ajudando a identificar doenças prioritárias e os alvos imunológicos. Funciona da seguinte forma: durante os ensaios clínicos, esse profissional ajuda a avaliar a segurança e eficácia das vacinas, e monitora a resposta imunológica. E somente após a aprovação, o profissional infectologista orienta sobre a aplicação dos imunizantes e possíveis efeitos adversos. Costumo dizer que esses profissionais transformam a ciência em proteção.

*Fábio Argenta é sócio-fundador e diretor médico da Saúde Livre Vacinas, rede de clínicas focada em vacinas que oferece o que há de mais moderno nos cuidados com a prevenção. O profissional possui graduação em Medicina pela Universidade de Passo Fundo (1999). Tem experiência na área médica, sendo especialista em Clínica Médica, Medicina de Urgência, Cardiologia e Hipertensão Arterial. Speaker de Cardiologia pelas empresas: Bayer, Berhringer, Libbs, Lilly, Novartis e Torrent. É membro do Comitê de Comunicação da Sociedade Brasileira de Cardiologia e Membro Titular da Comissão Eleitoral e de Ética Profissional da Sociedade Brasileira de Cardiologia (CELEP). Além disso, é Diretor Técnico e Sócio-Proprietário da Mediodonto, Clínica Médica e Odontológica, desde 2003 (ano de fundação)

Atenção! A responsabilidade do conteúdo é do autor do artigo, enviado para a equipe do Saúde Debate. O artigo não representa necessariamente a opinião do portal, que tem a missão de levar informações plurais sobre a área da saúde. 

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