Medicina Integrativa: o foco no paciente como um todo e em primeiro lugar

medicina integrativa
(Foto: Freepik)

A Medicina Integrativa mostra como o paciente é um ser complexo, composto por mente e corpo. Neste contexto, o profissional de saúde assume o papel de diagnosticar e tratar doenças, como também de compreender a singularidade de cada indivíduo e suas necessidades.

A partir da Medicina Integrativa, é necessário observar o paciente e reconhecer que ele possui conexão entre diversos aspectos da sua saúde. Não se trata apenas de tratar sintomas isolados, mas de investigar as raízes profundas das condições médicas. A Medicina Integrativa propõe uma abordagem colaborativa, unindo práticas convencionais e complementares, promovendo o equilíbrio e a harmonia durante todo o processo.

As consultas médicas, muitas vezes, são vistas apenas como um momento de diagnóstico e prescrição. Todavia, na Medicina Integrativa, elas se transformam em um diálogo entre os dois lados: médico e paciente. Dessa forma, com o foco centrado no paciente, essa relação é fortalecida, mas também capacita o indivíduo a ser um participante ativo em seu próprio cuidado.

Na área cirúrgica, a Medicina Integrativa destaca a importância de preparar o paciente não apenas física, mas também emocionalmente. A ansiedade e o estresse pré-operatório podem impactar significativamente a recuperação pós-cirúrgica. Incorporar algumas técnicas como a meditação, acupuntura ou Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) pode não apenas melhorar o estado emocional do paciente, mas também otimizar os resultados cirúrgicos.

A abordagem integrativa busca aprimorar a medicina convencional, preenchendo lacunas e proporcionando um cuidado mais abrangente. A inclusão de terapias complementares oferece uma variedade de opções que podem ser adaptadas de acordo com as necessidades individuais.

Além disso, a Medicina Integrativa reconhece a importância da prevenção e da promoção da saúde. Em vez de apenas reagir a doenças, enfoca a manutenção do bem-estar, incentivando mudanças no estilo de vida que visam à prevenção de condições futuras.

Em um mundo, onde a medicina muitas vezes se torna fragmentada e impessoal, a Medicina Integrativa surge para nos lembrar da importância da integralidade do ser humano. Ao observarmos o paciente como um todo, não apenas tratamos doenças, mas fomentamos a saúde e o bem-estar, promovendo uma abordagem mais humana e compassiva à prática médica.

*José Branco é fundador e faz parte da direção executiva do IBSP – Instituto Brasileiro para Segurança do Paciente, Diretor Técnico do INDSH – Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano e Diretor Médico da CloudSaúde

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