Nos últimos anos, o mercado corporativo passou por uma transformação da porta para dentro e ouso dizer que as empresas que ainda não sentiram essa mudança precisam olhar ao redor para garantir que não estão ficando para trás. O bem-estar dos colaboradores passou a guiar mudanças arquitetônicas e organizacionais porque, como aponta uma pesquisa da Gartner sobre proposta de valor do empregado (EVP) pós-pandemia, a tarefa não é mais oferecer uma experiência de trabalho satisfatória, mas permitir que os funcionários tenham uma experiência de vida excepcional.
A cultura do medo precisa ser substituída pela cultura da felicidade no ambiente de trabalho, com menos chefes e mais líderes. Sim, isso é possível! Muitas empresas já entenderam que é importante ter visão holística sobre o colaborador, ou seja, por completo. A tarefa não é simples, tampouco impossível.
Um ambiente de trabalho feliz e positivo leva a uma atmosfera mais colaborativa, onde os colaboradores se sentem mais motivados a trabalhar em equipe e contribuir para os objetivos da empresa. Uma pesquisa da Harvard Business Review revelou que colaboradores satisfeitos demonstram uma produtividade 31% maior, uma eficiência 85% superior e uma capacidade de inovação até 300% maior em comparação com aqueles que não estão satisfeitos com seu trabalho.
Na empresa que atuo, por exemplo, desde antes da pandemia, trabalhamos na construção de uma cultura organizacional centrada em metodologias inovadoras, como o modelo PERMA criado pelo psicólogo Martin Seligman – uma estrutura baseada em cinco elementos: emoção positiva, engajamento, relacionamentos positivos, propósito e realização.
A empresa mantém uma sede onde acontecem encontros casuais e momentos de colaboração, mesmo que a grande maioria do trabalho seja realizado em regime de home office. Essa abordagem reflete uma preocupação genuína com o bem-estar e a segurança dos colaboradores. A iniciativa está alinhada com a visão da empresa de promover práticas que beneficiam o meio ambiente, reduzindo a necessidade de deslocamentos diários e minimizando a pegada de carbono associada às atividades corporativas.
Na prática, estabelecemos que a cada três meses acontecem encontros com foco no desenvolvimento de lideranças, validação e troca de feedbacks de clientes, importantes para a evolução de qualquer profissional. Não se trata de listar benefícios, mas abrir espaço para ouvi-los e pensar juntos sobre como aperfeiçoar a dinâmica profissional, fortalecendo um legado de respeito e reconhecimento profissional.
Outro ponto é facilitar o acesso a uma vida mais saudável dentro e fora do escritório, com uma sala como a “Mente em Equilíbrio” – que abre espaço para questões socioemocionais e que reforça a importância de cuidar da saúde, seja por meio de atividades físicas, proporcionadas pelo benefício do Gympass ou pelo Conexa Saúde. Além disso, em 2023 lançamos o projeto “b2Runners” para promover a prática da corrida, já que a prática de esportes fortalece o corpo e a mente.
Muitos podem se perguntar qual o valor disso para uma empresa que, no final do dia, é reconhecida pelo serviço que oferece e não pelas políticas internas. Podemos falar que o impacto deste reconhecimento sobre as conquistas individuais e coletivas afeta a relação de proximidade e confiança que colaboradores constroem com os clientes, transformando a empresa em uma parceira e não apenas em uma prestadora de serviços.
Investir na felicidade dos colaboradores não só beneficia a empresa internamente, mas também fortalece nossa atuação e ela é parcela indispensável no nosso crescimento.
*Tania Assis é Head de People & Culture com Certificação Internacional em Felicidade Corporativa da b2finance
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