Robôs que ajudam em cirurgias, próteses que simulam braços e pernas e equipamentos que podem substituir órgãos. Quando se fala em tecnologia na área da saúde, esses são os exemplos mais futurísticos – e comuns – que vêm à mente. A influência das soluções tecnológicas na área médica, não precisa parecer obra de ficção científica. Pelo contrário, é possível ser bem mais simples e igualmente eficiente com ferramentas que melhoram o dia a dia de pacientes e profissionais.
Não à toa, o investimento em digitalização e plataformas de tecnologia na área da saúde segue em franco crescimento. Apenas na América Latina, a IDC estima que o setor deve movimentar US$ 1,9 bilhão entre 2021 e 2022. Destaca-se, por exemplo, o investimento em inteligência artificial e soluções em cloud – esta de acordo com projeções da Deloitte.
A presença da tecnologia no dia a dia médico, portanto, é um caminho sem volta, democratizando o setor de saúde. Clínicas, hospitais e demais organizações de saúde devem buscar formas de melhorar ainda mais o acesso da população a serviços de qualidade. Como? Confira alguns exemplos:
1 – Processos mais rápidos e eficientes nas consultas
Um dos principais incômodos em uma consulta médica é o tempo desperdiçado para realizar um bom atendimento. Atrasos quase sempre são inevitáveis, o que gera desconforto e prejudica a experiência tanto do paciente quanto do médico. Graças à tecnologia, é possível automatizar diversos processos inerentes ao dia a dia do profissional, como preenchimento de exames e receitas. Assim, ele ganha mais tempo para se dedicar à pessoa e consegue melhorar a prestação de serviço.
2 – Análise acurada de dados
Os grandes bancos de dados estão amplamente presentes no ambiente corporativo pois ajudam às tomadas de decisão. No setor da saúde, não é diferente. Com mais informações dos pacientes migrando para sistemas tecnológicos, utilizá-las passa a ser uma vantagem para melhorar o diagnóstico e o tratamento como um todo. Diversas soluções conseguem combinar esses dados e cruzá-los com outras fontes, como conteúdos clínicos para gerar insights ao médico.
3 – Telemedicina e uso de dispositivos móveis
A pandemia de covid-19 obrigou o Conselho Federal de Medicina (CFM) a aprovar o uso da telemedicina no Brasil em 2020 em “caráter excepcional”. Agora, é impossível se desfazer de uma vantagem como essa. Afinal, a pessoa pode realizar uma consulta com o médico de confiança sem se deslocar até o consultório. Para que isso seja possível, as plataformas evoluíram rapidamente, permitindo não só a comunicação eficiente, como também a integração de dispositivos móveis, como os wearables, que podem enviar informações importantes diretamente para o médico.
4 – Compartilhamento seguro de exames
Outra vantagem que a tecnologia trouxe para facilitar o acesso das pessoas é o compartilhamento de exames e receitas em canais digitais. Por muito tempo, era preciso pegar laudos impressos, imagens e demais exames e levá-los até a clínica para análise médica. Hoje, essas informações são encaminhadas diretamente pelo laboratório ao consultório. Essa transferência de informações vai se popularizar ainda mais com a presença da tecnologia blockchain no setor, permitindo que dados sensíveis possam navegar na web com criptografia e segurança.
5 – Pacote completo de serviços médicos
Por fim, até mesmo a presença de fintechs, com soluções que combinam o setor com o mercado financeiro, estimula a democratização aos serviços de saúde. Isso porque é possível criar um pacote completo que integra diversos serviços médicos, como consultas, exames, planos odontológicos, entre outros, para as empresas oferecerem a seus colaboradores. Assim, a pessoa consegue acessar diferentes especialidades e funções com o mesmo programa, sem ficar presa aos profissionais disponíveis em um determinado plano.
*Matheus Moretti Rangel é CGO da Niky, startup de soluções em pagamentos, benefícios flexíveis e saúde
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