A tecnologia na saúde e a transformação digital das práticas clínicas

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(Foto: Freepik)

O cuidado à saúde é uma preocupação de qualquer indivíduo, por isso, a indústria tecnológica frequentemente desenvolve ferramentas para atender ao bem-estar humano. Não à toa, um estudo realizado pela International Data Corporation (IDC) mostra que o investimento em tecnologias no segmento da saúde na América Latina deve atingir US$ 1.931 milhões até 2022, o equivalente a R$ 10 bilhões.

Entre muitos avanços que surgem por meio do desenvolvimento digital, o cuidado com a saúde dos idosos tem destaque. Isso acontece devido à importância de a sociedade apoiar um envelhecimento saudável dessas pessoas e garantir o maior bem-estar possível diante das dificuldades naturais do corpo humano que surgem com o passar do tempo. Alguns desses empecilhos são de ordem muscular, óssea e motora, o que demanda soluções inovadoras e aplicáveis às individualidades de cada paciente.

Companhias brasileiras e internacionais apresentam no mercado ferramentas para avaliar o risco de quedas dos idosos, por exemplo, para o desenvolvimento do equilíbrio, além de avaliações acuradas para prevenção a lesões e desempenho seguro de atividades físicas. Para que isso seja possível, há empresas que oferecem sistemas on-line de triagem de risco, responsável por gerar um relatório completo e personalizado para cada pessoa.

A própria literatura médica, que desenvolveu ao longo de anos programas específicos e úteis ao público mais maduro, ganha com o avanço das soluções digitais no ramo da saúde. Como exemplos dessa atuação é possível destacar o Protocolo Vivifrail e o Protocolo Otago. O primeiro se refere a um programa que promove a prática de atividades físicas com o objetivo de prevenir a fragilidade e as quedas — o método ainda tem a vantagem de poder ser aplicado a pessoas acamadas ou de mobilidade reduzida. O segundo, por sua vez, apresenta uma série de atividades com foco no equilíbrio, na mobilidade e na força do paciente que o aplica. Cada vez mais ferramentas digitais no mercado implementam princípios desses protocolos em prol da promoção do bem-estar dos idosos, sinal do amadurecimento desses elementos tecnológicos na área da saúde.

Todos os avanços supracitados levam em consideração a individualidade de cada pessoa e suas necessidades básicas, já que o principal intuito é viabilizar uma vida autônoma, segura e saudável a cada paciente. Por meio de análises simples, customizadas e on-line, é possível que parentes assegurem o melhor serviço de prevenção a quedas, por exemplo, daquele ente mais querido. E o cenário se mostra cada vez mais promissor: um estudo feito pela plataforma Distrito mostra que as healthtechsstartups do ramo da saúde, receberam em 2021 um aporte total de US$ 530,6 milhões, crescimento de 402% em relação ao ano anterior. Soluções tecnológicas no segmento seguem crescendo e o intuito deve continuar o mesmo: a promoção dos maiores níveis de bem-estar dos pacientes, de forma segura, simples e cada vez mais democrática.

*Fabiana Almeida é CEO da TechBalance, empresa utiliza a tecnologia para gerenciar pacientes com foco na avaliação e monitoramento da saúde física e motora

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