A revolução da ultrassonografia na era tecnológica da saúde

ultrassonografia
(Foto: Freepik)

Os hospitais e o setor da saúde como um todo têm buscado constantemente inovações, influenciando a abordagem dos médicos no diagnóstico e no tratamento de pacientes em estado crítico. Nesse cenário, uma tecnologia inovadora que combina ultrassom portátil com inteligência artificial surge como uma ferramenta essencial, promovendo avanços significativos nos cuidados com a saúde.

A ultrassonografia sempre desempenhou um papel crucial na medicina, permitindo que médicos visualizem as estruturas internas do corpo de forma não invasiva. No contexto dos cuidados intensivos, a capacidade de realizar ultrassonografias de forma rápida e precisa é especialmente imprescindível. Os médicos podem avaliar uma variedade de condições, desde pneumotórax até hidronefrose, com uma precisão impressionante, orientando assim o tratamento adequado.

Inovação na palma da mão 

A aplicação da Inteligência Artificial no setor de saúde está se revelando uma ferramenta poderosa na busca pela eficiência operacional e redução de custos. De acordo com a pesquisa realizada pela Morgan Stanley, no ano de 2021 o mercado de IA na saúde foi avaliado em mais de 11 bilhões de dólares em escala global, e as estimativas apontam para um salto significativo, projetando cerca de 188 bilhões de dólares até 2030. Além disso, prevê-se que a alocação de recursos para Inteligência Artificial e aprendizado de máquina no setor de saúde alcance 10,5% em 2024, marcando um aumento considerável em comparação aos 5,5% registrados em 2022.

A integração da inteligência artificial aos equipamentos médicos, como o ultrassom portátil, representa um dos avanços mais significativos na área da saúde atualmente. Além da sua portabilidade, que é uma vantagem crucial em emergências, essa fusão permite uma qualidade de imagem excepcional, fundamental para diagnósticos precisos em uma variedade de situações clínicas.

Em termos de funcionalidades, o dispositivo fornece imagens em alta qualidade e integra ECG de três derivações e sinais de auscultação digital. Essa capacidade de comparação de diferentes dados fisiológicos em tempo real é inestimável para os médicos que precisam tomar decisões rápidas e precisas.

Embora não seja o único dispositivo ultraportátil disponível, sua capacidade de utilizar inteligência artificial o destaca como uma ferramenta líder no campo, pois permite que os médicos obtenham resultados mais precisos e confiáveis, mesmo em condições adversas. Outro diferencial é a sua capacidade de gerar imagens em tempo real – em qualquer ambiente clínico, sem comprometer a qualidade – é verdadeiramente impressionante. Isso significa que os médicos podem realizar exames rapidamente à beira do leito do paciente, sem a necessidade de transferências para instalações de imagem tradicionais.

Diante da novidade aqui apontada, à medida que mais hospitais reconhecem os benefícios do ultrassom portátil com inteligência artificial, podemos esperar uma maior integração dessa tecnologia na prática clínica diária. Esta é uma evolução que está moldando o futuro dos cuidados com a saúde, colocando ferramentas poderosas nas mãos dos profissionais que trabalham incansavelmente para salvar vidas.

*Marcelo de Oliveira Maia é médico intensivista e chefe da UTI do hospital Anchieta, que pertence à Kora Saúde

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