Pesquisa do Instituto Oncoguia revela que 81% dos brasileiros têm contato direto com uma pessoa diagnosticada com câncer. Além disso, de acordo com dados da Sociedade Brasileira de Oncologia (SBOC), existe uma previsão de que, nos próximos dez anos, pode haver um aumento de 42% nos casos no País. Tais dados justificam o aumento da preocupação com doenças relacionadas a esta enfermidade principalmente porque trata-se de um cenário que inclui a falta de acesso ao diagnóstico precoce e ao tratamento adequado.
Entretanto, na contramão de notícias nem um pouco promissoras, podemos evidenciar o aumento do arsenal terapêutico disponível para o tratamento dessa comorbidade. Atualmente os pacientes orientados pelo médico podem: fazer cirurgia, quimioterapia, radioterapia, hormonioterapia, e mais recentemente, fazer uso dos medicamentos biossimilares – fármacos biológicos altamente similares ao medicamento de referência, desenvolvidos com a mesma complexidade e finalidade – que têm como principal vantagem a oferta de terapias eficazes, seguras, além de apresentar um custo menor que pode chegar a 50% de redução no preço, dessa forma permitindo que mais pessoas tenham acesso ao tratamento.
Considerados uma opção no tratamento do câncer e de outras doenças no que se refere a resposta e qualidade de vida, tais medicamentos tornaram-se uma alternativa que potencializa a qualidade do tratamento, ao mesmo tempo que permite o acesso mais fácil. No que diz respeito ao uso da solução para doenças oncológicas, existem, por exemplo, os biossimilares que são indicados para linfoma não-Hodgkin (LNH) de células B; LNH de células B; linfoma folicular; e leucemia linfocítica crônica (LLC), sendo que em alguns casos, podem ser usados em conjunto com outra terapia, ou após a tentativa de outros meios de cura.
É importante ressaltar também que tais fármacos agem de forma menos agressiva que outras terapias convencionais, por terem a capacidade de reconhecer e atingir, especificamente, apenas as proteínas anômalas que estão presentes nas células doentes, não afetando as células saudáveis, e que são diferentes dos medicamentos genéricos, já que são produzidos a partir de organismos vivos, como células e bactérias e desenvolvidos por meio de engenharia genética.
Quanto à inclusão de tais medicamentos no SUS, o Ministério da Saúde já incorporou através de licitações alguns biossimilares, dentre eles um tratamento para pacientes com câncer de mama e linfoma. No que se refere às questões econômicas, a adoção destes fármacos demonstra grande e efetiva economia de recursos, permitindo assim que mais pacientes tenham garantido a manutenção do tratamento, além de abrir a possibilidade de investimento dos recursos economizados em outras frentes.
Com isso, é possível concluir que, os tratamentos para câncer estão cada dia mais disponíveis, tendo como principal objetivo o bem-estar do paciente oncológico, e que neste cenário, os biossimilares são uma solução eficaz e acessível para a maioria da população.
* Michel Batista é Gerente Sênior de Negócios da Celltrion Healthcare no Brasil
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