Novo coronavírus: medidas de prevenção têm impacto direto na resposta do sistema de saúde

As medidas de prevenção ao novo coronavírus, que vêm sendo anunciadas por diferentes níveis de governo, são necessárias para evitar que um grande número de doentes procure, ao mesmo tempo, hospitais e unidades de saúde. Ou seja, as medidas de prevenção têm impacto direto na resposta do sistema de saúde. O alerta foi feito pelo médico infectologista Jaime Rocha, vice-presidente da Sociedade Paranaense de Infectologia e diretor da Unimed Curitiba. 

De acordo com Rocha, neste momento, é preciso separar o que são as medidas de governo e o risco para as pessoas. “O governo não está preocupado apenas com um indivíduo, ele está preocupado com todos. E, assim, precisa ter certeza se há hospitais suficientes para atender a demanda, médicos suficientes para atender, UTIs suficientes. Os hospitais já são cheios devido a outras situações. Qualquer doença que traga um número grande de doentes vai sobrecarregar este sistema”, pontuou.

O médico salienta que o novo coronavírus possui uma transmissão rápida, mas com uma baixa letalidade. “O que está sendo feito é a adoção de medidas de contingência para que não chegue a um número grande de casos em um curto período”, esclarece Rocha. Independentemente da quantidade de casos, se ela for registrada em um período mais longo, haverá mais capacidade de atendimento, realização de exames e certeza de diagnóstico, conforme o especialista.

Rocha alerta ainda sobre a importância da higienização das mãos neste momento. O hábito não previne apenas o novo coronavírus, mas também outras doenças. “Temos que rever nossos hábitos, como cumprimentar as pessoas, a partir de agora, a distância. E, se por um acaso isto acontecer, basta fazer a higienização das mãos depois”, indica o médico, enfatizando a importância a adesão da população às medidas de prevenção.

No vídeo abaixo, Jaime Rocha faz mais esclarecimento sobre como as medidas de prevenção têm impacto direto na resposta do sistema de saúde, letalidade, grupos de risco e mudanças de hábito.

 

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