Neurocientistas comentam potencial do neurofeedback no tratamento e no suporte à medicina para cura de doenças

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(Foto: DC Studio/Freepik)

O cérebro humano é um órgão notavelmente dinâmico, capaz de se adaptar e reorganizar suas conexões em resposta a estímulos e experiências. Esse fenômeno é conhecido como neuroplasticidade, e tem sido objeto de intensa pesquisa científica, especialmente no contexto das doenças neurológicas e psiquiátricas.

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Emily Pires, neurocientista da BrainEstar, destaca: “A neuroplasticidade é a base do aprendizado e da memória. Compreender como o cérebro se adapta é fundamental para desenvolvermos novas abordagens terapêuticas.”

Um dos desafios enfrentados por pacientes com diversas condições neurológicas é a alteração no funcionamento cerebral. O professor Faria Pires, diretor técnico da BrainEstar, enfatiza: “Doenças como AVC, Parkinson e depressão afetam profundamente a maneira como o cérebro opera. É como se o órgão estivesse ‘aprendendo’ a funcionar de maneira doente.”

Nesse contexto, o neurofeedback surge como uma ferramenta promissora para promover mudanças benéficas no cérebro. Trata-se de um treinamento que visa modificar conexões neurais específicas, visando a melhoria dos sintomas e a recuperação da função.

Um estudo recente realizado por pesquisadores da BrainEstar demonstrou resultados impressionantes. Ao comparar a arquitetura cerebral de pacientes antes e depois do treinamento, foi observada uma maior robustez estrutural no corpo caloso, a principal ponte de comunicação entre os hemisférios cerebrais. Além disso, a comunicação funcional entre diferentes áreas do cérebro também aumentou significativamente.

Emily comenta: “Esses resultados sugerem que o treinamento cerebral induz a neuroplasticidade de forma poderosa. É como se o sistema cerebral se fortalecesse, abrindo caminho para melhorias clínicas significativas.”

Os benefícios potenciais do neurofeedback são diversos. Desde a recuperação da função motora em pacientes pós-AVC até o gerenciamento dos sintomas em casos de Parkinson e depressão, o treinamento cerebral mostra-se uma ferramenta versátil e promissora. Pensando nisso, o professor Faria Pires conclui: “Estamos apenas no começo de desvendar todo o potencial do neurofeedback no suporte à medicina. É uma área em constante evolução, e esperamos continuar aprimorando nossas técnicas para beneficiar cada vez mais pacientes.”

O treinamento do cérebro representa, assim, uma nova era na abordagem terapêutica das doenças neurológicas, oferecendo esperança e oportunidades para uma melhor qualidade de vida para milhões de pessoas em todo o mundo.

*Informações Assessoria de Imprensa