Iniciar cuidados paliativos precocemente contribui para a recuperação do paciente

cuidado paliativo
(Foto: Ilustração/Freepik)

O Cuidado Paliativo está ao lado do diagnóstico e tratamento precoce com o objetivo de atender as pessoas em sua totalidade, buscando qualidade de vida mesmo quando a doença se manifesta de forma grave, com prevalência de sintomas desconfortáveis e para quando não esteja mais disponíveis tratamentos com objetivo de cura.

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Luiz Sergio Batista, coordenador da comissão de cuidados paliativos do Pilar Hospital, em Curitiba (PR), comenta que em casos de doenças graves, o início precoce de cuidados paliativos ajuda a promover melhora na qualidade de vida do paciente, diminuição de dores e outros sintomas que causam sofrimento, além de ser uma forma de identificação precoce de outras situações possíveis de serem tratadas e promover ajustes no enfrentamento da doença.

“Há muito desconhecimento quando se fala de cuidados paliativos, como se apenas pacientes próximos da morte, pudessem recebe-los, mas, ao contrário, essa é uma forma de avaliação cuidadosa e minuciosa da saúde integral do paciente, além de ser importante para o tratamento da dor e de outros sintomas físicos, sociais, psicológicos e até espirituais, e que podem ser causados não só pela doença como também pelo próprio tratamento”, explica.

Conforme o especialista, é importante iniciar os cuidados paliativos o mais precoce, sempre que possível e adequar o plano de cuidado conforme for necessário. “Os cuidados paliativos também têm como objetivo final a melhora do paciente, assim, buscamos sempre manejar aqueles sintomas de difícil controle, além de buscar a melhora das condições clínicas do paciente para enfrentar melhor o tratamento e ajudar na manutenção da autonomia”, diz Batista.

“O planejamento do cuidado ajuda o paciente a tomar decisões quanto ao seu próprio tratamento, antecipa preferências e diminui angustia e sofrimento psicossocial durante todo o tratamento”. Segundo ele, a proporcionalidade do cuidado paliativo deve ser adequada de acordo com as condições clínicas e os objetivos do paciente: “o cuidado paliativo ganha maior volume de intervenções quando a doença se torna mais avançada e debilitante, até o momento em que o cuidado paliativo se torna predominante, nesse momento a cura e a manutenção da vida a qualquer custo deixa de fazer sentido e garantir conforto passa a ser prioridade”, completa.

“O cuidado paliativo vai além de atender o paciente quando assume que a família e os cuidadores fazem parte do objetivo do cuidado, e mesmo quanto o paciente encerra a luta contra a doença o cuidado continua com a preocupação com o luto dos familiares”, diz.

*Informações Assessoria de Imprensa