Assim como a inflação geral, a inflação médica também sofreu variações nos últimos meses. Mas esta é uma questão mais profunda, que mexe com diretamente com o segmento de saúde – incluindo o de saúde suplementar, pois o atendimento possui uma série de características que precisam ser levadas em consideração e implica em custos, como a incorporação de tecnologia e procedimentos no rol das operadoras de saúde.
Segundo o economista e Superintendente de Serviços às Singulares da Unimed Paraná, Willian Stocco, a principal referência do setor para o cálculo da chamada inflação médica é o índice apurado pelo Instituto de Estudos da Saúde Suplementar. “No custo médico-hospitalar, temos dois fatores que influenciam diretamente na sua variação. O primeiro é o custo médio por tipo de procedimento. Além da frequência com que esses procedimentos são realizados no grupo de clientes do plano de saúde”, explica.
“Existe uma diferença importante entre a variação do custo médico-hospitalar e a variação do IPCA, por exemplo, que é o índice oficial para a inflação no país. O IPCA contempla unicamente a variação de preços de uma cesta de produtos. E a variação do custo médico-hospitalar contempla a combinação da variação de custo médio de cada um desses eventos e a frequência da utilização destes itens que fazem parte da cadeia do custo assistencial”, complementa.
Em entrevista ao Saúde Debate, Stocco esclarece mais sobre essas variáveis para o cálculo da inflação médica e indica uma forma de equalizar os interesses dos usuários e das operadoras de planos de saúde.
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