A relação entre HPV e vacina é diretamente proporcional quando se fala em prevenção. Quanto maior a população vacinada, maior a queda dos números alarmantes relacionadas à doença no Brasil. O HPV é a infecção sexualmente transmissível mais comum do mundo e pode ser assintomática, pode causar verrugas genitais em homens e mulheres, ou pode ainda se transformar em câncer. Sua denominação é a sigla em inglês para papilomavírus humano.
“Sob o ponto de vista do quanto se fala sobre ela, especialmente com os jovens, é uma doença que ainda se fala pouco. E observamos que a prevenção não é a ideal. Assim como as demais DSTs, é preciso reforçar até a exaustão seus sintomas, tratamento e prevenção para que as informações sejam assimiladas e levadas a sério. Muita gente nem sabe, por exemplo, que existe a vacina contra o HPV, ou que os homens também devem tomar. Associam a prevenção apenas para as mulheres”, destaca o médico infectologista Jaime Rocha, diretor de Prevenção e Promoção à Saúde da Unimed Curitiba e responsável pela Unimed Laboratório.
A preocupação do especialista é devido aos dados do Ministério da Saúde de que mais da metade dos jovens brasileiros entre 16 a 25 anos têm o HPV. A pesquisa do órgão revelou ainda que 54,6% dos indivíduos na faixa etária analisada estão infectados pelo vírus e que 38,4% desse número apresentaram HPV de alto risco para o desenvolvimento de câncer. Segundo o INCA (Instituto Nacional de Câncer) existem mais de 150 tipos diferentes de HPV, e cerca de 40 tipos podem infectar o trato ano-genital. Como a forma de transmissão é simples, pelo contato direto com a pele ou mucosa infectada – via de regra durante o sexo (mesmo na ausência de penetração vaginal ou anal) –, o INCA estima uma tendência de que surjam 16.590 novos casos da doença entre 2020 e 2022.
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A infecção pelo HPV é muito frequente, mas transitória, regredindo espontaneamente na maioria das vezes, mas pelo menos 13 tipos de HPV são considerados oncogênicos (com potencial para causar câncer). Ou seja, apresentam maior risco ou probabilidade de provocarem infecções persistentes e estarem associados a lesões precursoras que, se não forem identificadas e tratadas, podem progredir para um câncer. Principalmente no colo do útero, mas também na vagina, vulva, ânus, pênis, orofaringe e boca, segundo dados atualizados do Instituto. O Ministério da Saúde reitera informando que o HPV está relacionado a quase 100% dos casos de câncer de colo de útero, esse que é conhecido como a 4ª principal causa de morte por câncer em mulheres no Brasil.
HPV e vacina: “Isso só comprova que a vacinação contra o HPV é a melhor forma de prevenção primária. Como temos reforçado, é uma imunização que diminui probabilidades de desenvolver a doença. Afinal o uso de preservativo, por exemplo, diminui o risco de contágio, mas ainda assim a transmissão pode acontecer. E há ainda a possibilidade de transmissão durante o parto. Assim, a faixa etária indicada para vacinar-se é abrangente, para mulheres de 9 a 45 anos e para homens de 9 a 26 anos, eles também são alvos do vírus”, orienta o infectologista Jaime Rocha. Ele também pede atenção com relação às dosagens. “Entre 9 e 13 anos devem ser aplicadas duas doses, com intervalos de 6 meses entre elas. E acima dos 14 anos são três doses, com 60 e 180 dias de intervalo após a primeira dose”, pontua.
Serviço
Unimed Laboratório – Vacina contra o HPV
R$ 480,00 a dose
Mais informações: (41) 3021-5252 / 98801-6607 (WhatsApp)
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