Hospital do Trabalhador, de Curitiba (PR), realiza cirurgias com transmissão ao vivo

    Uma nova modalidade de treinamento em cirurgias de artroplastia de quadril teve início no mês de fevereiro no Hospital do Trabalhador (HT), unidade que integra o Complexo Hospitalar do Trabalhador, em Curitiba (PR). Quatro cirurgias ortopédicas para colocação de próteses de quadril foram realizadas no centro cirúrgico do HT e transmitidas ao vivo para uma plateia de médicos especialistas na área do Paraná e outros três estados. No total, 12 médicos participaram do planejamento e execução das cirurgias.

    Em 2019, a média mensal de cirurgias do Hospital foi de 600 cirurgias de ortopedia. Destas, mensalmente a equipe realizou, em média, 15 de artoplastia de quadril. A equipe do Hospital do Trabalhador, formada pelos médicos Ivan Follmann, José Marcos Lavrador e Renato Raad, contou com a colaboração de oito convidados: médicos especialistas em artroplastia de quadril do Rio Grande do Sul, Espírito Santo, São Paulo e um cirurgião que atua em Ponta Grossa, no Paraná.

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    “Estudamos juntos os casos dos pacientes e planejamos as cirurgias. Entramos nas salas cirúrgicas para operar com os colegas vindos de fora. Durante a cirurgia a troca simultânea de conhecimento entre nós, da sala cirúrgica e dos que estava no auditório “, contou o ortopedista responsável pelas cirurgias no Hospital do Trabalhador, Renato Saad.

    “A atividade realizada proporcionou um momento de grande aprendizado. Após os procedimentos , visualizamos o passo a passo das operações e todo o grupo ficou impressionado pela tecnologia utilizada e pela qualidade na troca de conhecimentos entre todos”, afirmou o diretor-superintendente do CHT, Geci Labres de Souza Júnior.

    Rotina

    Um sábado por mês, a equipe de cirurgiões realiza um mutirão, operando quatro pacientes em sequência. No mês anterior, a realização destas cirurgias, os pacientes e familiares participam de uma reunião na qual conhecem e esclarecem dúvidas com todos os profissionais que estarão envolvidos em algum momento com o seu atendimento.

    “Essa é uma forma de acolhida excelente e ampla. O paciente é instruído e informado para se sentir seguro em relação à cirurgia. Essa conduta nos traz um melhor resultado no pós-operatório. Com isso, temos diminuição dos dias de internação e menor complicações no período”, completa o cirurgião Saad que comenta que o mutirão foi o momento escolhido para o estudo de casos e o início das transmissões da sala cirúrgica.

    De acordo com Saad, nos próximos meses novos eventos com cirurgias transmitidas para outros locais serão realizados. “Já temos fila de espera de médicos querendo vir, foi uma experiência que deu muito certo.”

    O diretor Geci comenta que o caráter acadêmico do hospital valoriza atividades de desenvolvimento, aprimoramento e pesquisa científica. “Estamos a todo momento buscando melhorias nos procedimentos, protocolos para aprimorar assistência com foco no resultado positivo para os nossos pacientes”, finalizou o diretor.