O Projeto Lean nas Emergências, que tem como objetivo reduzir a superlotação dos serviços de urgência e emergência do SUS, chega ao 4º ciclo. Para essa fase, foram selecionados 40 hospitais de 18 estados. A partir de fevereiro de 2020, essas unidades de saúde começam a receber as visitas das equipes do Hospital Sírio-Libanês, parceiro do Ministério da Saúde no Lean nas Emergências.
Nos últimos seis meses, mais 20 hospitais do SUS participaram do 3º ciclo do Projeto Lean nas Emergências. As unidades apresentaram um resultado médio de redução de 43% do indicador de superlotação, 39% no tempo para chegada em um leito de internação hospitalar e 37% na redução do tempo de passagem pela urgência até a alta. Isso significa que o paciente que busca atendimento nessas emergências fica em média quase 12 horas a menos no pronto-socorro, considerando o período desde a entrada na unidade.
Para o secretário de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde, Francisco de Assis Figueiredo, o Projeto Lean nas Emergências veio para atender uma grande demanda, que é diminuir a superlotação nas portas de entrada dos serviços de saúde de Urgência e Emergência do SUS, por meio da melhoria da capacidade operacional, da organização dos fluxos e processos de trabalho e principalmente do envolvimento da equipe com a gestão do hospital. “Com certeza todas essas ações trazem um atendimento mais resolutivo e com qualidade para os pacientes que utilizam os serviços do SUS”, explica o secretário.
A iniciativa é uma parceria do Ministério da Saúde com o Hospital Sírio Libanês e faz parte do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (PROADI-SUS) para o triênio de 2018 a 2020. Outros 57 hospitais já passaram pelo processo de intervenção.
Destaques do terceiro ciclo
Entre os hospitais que se destacaram nessa etapa estão o Hospital Regional do Cariri, no Ceará, e o Hospital Municipal Dr. José de Carvalho Florence, em São Paulo. A unidade cearense apresentou melhora de 66% na superlotação e diminuiu o tempo de espera para cirurgia na ortopedia para 24h.
Já o hospital paulista teve 65% de melhora na superlotação e aumentou o giro de leitos com redução do tempo médio de permanência do paciente internado em 14%. Na prática os hospitais diminuíram consideravelmente a superlotação e com a organização dos fluxos e o menor tempo de permanência do paciente ter outros resultados positivos na oferta dos serviços prestados pelas unidades de saúde.
A fase de intervenção dura em média seis meses. Após o término desse período, a equipe de controle do projeto acompanha os resultados por mais 12 meses para garantir a manutenção a longo prazo das melhorias introduzidas nas unidades. Ao final desse ano, fim do triênio, a meta é chegar a 100 serviços de emergência com intervenção e até 200 hospitais participando da comunidade.
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