Há sempre um alerta na família quando o câncer de mama é diagnosticado em familiares. Mas, apesar da possibilidade de ser hereditário, o câncer de mama tem origem devido mutações genéticas em até 10% dos casos, de acordo com o oncologista, especialista em câncer de mama do Hospital Santa Cruz/Rede D’Or, Raphael Garcia Alves (CRM-PR 30350/ RQE 24835). Por isso, genética e câncer de mama devem ser observados, mas a prevenção ainda é essencial.
O Instituto Nacional do Câncer (INCA), revela que o câncer de mama é o mais comum nas mulheres, com incidência de aproximadamente 29% dos casos novos de câncer. “Hoje os novos tratamentos e o controle precoce do tumor trazem uma sobrevida e cura da doença maior do que nos anos anteriores”, declara o oncologista.
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Apesar da alta incidência do câncer de mama, alguns fatores podem contribuir para seu aparecimento, e que não estão apenas na relação genética e câncer de mama. De acordo com o médico, uma das avaliações a serem feitas é em relação aos fatores reprodutivos e hormonais. “Se a paciente apresenta histórico de menarca precoce, com idade da primeira menstruação menor que 12 anos, menopausa depois dos 55 anos, gestação após os 30 anos ou ter recebido reposição hormonal por mais de cinco anos são fatores de risco para o desenvolvimento de câncer de mama”, relata o especialista ratificando a importância da realização de mamografia anual para detecção precoce, a partir de 40 anos.
Ainda de acordo com o INCA, 28% dos casos de câncer de mama podem ser evitados com hábitos de vida mais saudáveis. “O sedentarismo, o consumo excessivo de bebidas alcoólicas, a obesidade e sobrepeso também podem estimular o crescimento desordenado das células”, ressalta o médico Raphael Garcia Alves sobre a necessidade de prevenção e estilo de vida, e não só o foco na relação genética e câncer de mama.
Testes genéticos
O oncologista avalia que os casos de câncer estão sendo diagnosticados com mais antecedência. “Hoje, com a ajuda de exames para rastreamento, os nódulos estão sendo detectados em muitos casos precocemente, e isso é muito bom, pois descobrir o tumor em sua fase inicial aumenta a probabilidade de cura”, destaca.
Uma das mutações genéticas mais importantes no câncer de mama é o BRCA1 e BRCA2, uma mutação que altera o gene que produz as proteínas supressoras do tumor, tendo uma probabilidade de desenvolvimento do câncer. “Com a evolução da medicina, pacientes com risco aumentado para a mutação do gene, como casos de câncer na família e diagnóstico de câncer de mama e ovário, podem realizar o teste genético, que possibilita conhecer se há mutação presente no DNA, garantindo uma avaliação mais eficaz”, finaliza o oncologista.
* Informações da assessoria de imprensa
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