No dia 19 de janeiro, o governo federal deve iniciar uma série de ações de marketing e publicidade para incentivar a vacinação da população brasileira contra a Covid-19. O objetivo é evitar fake news sobre vacinação.
O passo inicial seria um evento de transmissão sobre o início do processo de vacinação, cujos detalhes ainda estão indefinidos. Nesta quinta-feira (14 de janeiro), prefeitos e o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, se reuniram para discutir o assunto. O ministro informou que a vacinação deve começar no dia 20 de janeiro. Mas a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) vai anunciar se permite ou não o uso emergencial de dois imunizantes contra a doença no domingo (17).
O Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19, criado pelo Ministério da Saúde, prevê a utilização da publicidade para informar e mobilizar a população. Segundo Isabela Pimentel, pesquisadora e professora de conteúdo digital da ESPM Rio, é nesse ponto que o governo deve investir para conter o avanço dos movimentos antivacina, disseminados pelas redes sociais.
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Fake news x vacinação
“A principal fonte de informação sobre o tema vacinação deixou de ser a imprensa e passou a ser a internet, povoada por fake news e preconceitos. Vídeos testemunhais, com linguagem simples, aproximam o usuário da sua própria realidade e por isso tendem a ser mais procurados pela audiência”, diz Isabela.
De acordo com ela, para que uma campanha pró-vacinação seja eficaz é preciso rever a forma de comunicação que o governo tem adotado nos últimos anos – por ocasião de outras campanhas do tipo. “Passar confiança, ter transparência, planejar mídias e evitar termos técnicos são alguns pontos a serem trabalhados. “O vocabulário científico de infectologistas e epidemiologistas dificulta o entendimento e afasta a população da sua realidade”, afirma a professora. “Além disso, é preciso analisar quais as melhores mídias para públicos diversos e pensar em ações nas redes sociais”, declara.
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