As inovações tecnológicas têm reestruturado o setor da saúde, integrando atendimentos virtuais, softwares e ferramentas de Inteligência Artificial (IA) à rotina diária dos profissionais de enfermagem. A nova realidade tende a se intensificar nos próximos anos, o que irá demandar a adaptação dos profissionais que ingressarem e que já estão no mercado.
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O CEO & Founder na Docway, Fábio Tiepolo, destacou em um artigo que os desafios e as oportunidades introduzidos pela transformação tecnológica exigem que os enfermeiros do futuro estejam preparados. Isso inclui garantir que os pacientes compreendam as informações fornecidas pelas soluções digitais e auxiliar na superação de eventuais barreiras geracionais.
A pesquisa “Perfil da Enfermagem no Brasil”, realizada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em parceria com o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), revela que apenas 23% dos profissionais que integram as equipes de enfermagem concluíram a graduação, sendo a maioria formada por técnicos e auxiliares. A perspectiva é que esses e os outros profissionais que ingressarem na área sigam se especializando por meio de uma formação continuada.
Para se preparar para fazer carreira na enfermagem do futuro, os interessados podem começar realizando um teste vocacional rápido. Isso permitirá conhecer as aptidões e habilidades para, assim, traçar um caminho mais assertivo na formação e especialização.
Novo papel da enfermagem
No período subsequente à pandemia de Covid-19, foi observado o fortalecimento do papel do profissional de enfermagem. A profissão, que anteriormente se concentrava na prática assistencial, incorporou habilidades de supervisão e gestão hospitalar.
Conforme Tiepolo, o enfermeiro do futuro tem como papel garantir que os pacientes recebam atendimento personalizado. Para isso, deverão utilizar as informações coletadas por soluções digitais e desenvolver planos de cuidados individualizados, que atendam às necessidades específicas de cada paciente.
O docente do curso de Enfermagem do Centro Universitário da Serra Gaúcha (FSG), Fabiano De Faveri, avalia que a enfermagem do futuro assumirá uma nova responsabilidade: a identificação precoce de situações adversas à saúde. Ele acredita que a tecnologia contribuirá para aprimorar os processos assistenciais e otimizar os atendimentos.
Outra tendência emergente na área é o home care, que são os cuidados de saúde prestados à família no próprio lar dos pacientes. O envelhecimento da população resulta no maior número de pacientes idosos que preferem evitar a exposição ao ambiente hospitalar ou que têm dificuldade de locomoção.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2022, no país havia 80 pessoas idosas para cada 100 crianças até 14 anos. O total é quase o dobro do que em 2010, quando o registro foi de 44.
Educação continuada
Na enfermagem do futuro, assim como em outras áreas de atuação, haverá maior valorização da educação continuada. Por isso, terão destaque os profissionais que realizam uma especialização para atuar em determinada área ou com foco em públicos específicos.
A tendência reforça a importância de aprofundar os conhecimentos. Para esse tipo de trajetória, é possível considerar a obtenção de uma licenciatura em enfermagem, que fornecerá a base educacional necessária para entrar no campo, e uma especialização na área de maior interesse.
Há uma oferta variada de cursos no mercado que abrangem áreas como Cardiologia e Hemodinâmica; Obstetrícia; Oncologia; Pediatria e Neonatologia; Terapia Intensiva e Alta Complexidade; Urgência e Emergência; entre outras.
*Informações Assessoria de Imprensa