Efeitos colaterais do Ozempic: relatos de problemas gástricos e mudanças inesperadas no corpo

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(Foto: jcomp / Freepik)

Originalmente criado para o tratamento da diabetes tipo 2, o Ozempic, que tem como princípio ativo a semaglutida, popularizou-se nos últimos tempos após ser associado a um caminho mais rápido rumo ao emagrecimento. No Brasil, o uso com essa finalidade começou a ser colocado em ação de forma off-label, sem orientação da bula. Fato é que o emagrecimento acelerado aliado ainda à automedicação trouxe à tona efeitos colaterais peculiares. Conheça mais, a seguir, sobre os efeitos colaterais do Ozempic.

A hashtag #ozempicface, por exemplo, que se refere a um dos aspectos de quem usa o medicamento, acumula dezenas de milhões de visualizações e milhares de postagens em redes sociais. Problemas gástricos e “dedos de Ozempic” também são outros efeitos colaterais do Ozempic que ganharam destaque na mídia.

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A verdade é que o remédio em pauta se consagrou uma “ideia-desejo” de “medicação milagrosa” para alcançar o peso ideal em curto prazo e, de preferência, sem reeducação alimentar ou práticas de atividades físicas, e claro, sem prejuízos à saúde. Mas será que tudo isso é realmente possível?

Hoje, medicamentos da classe GLP-1, que englobam nomes como o Ozempic e o Saxenda, podem fazer parte de um processo para a perda de peso, desde que sejam prescritos por um médico. O remédio ainda deve ser incorporado a um suporte nutricional, que vai trabalhar as mudanças comportamentais e a construção de hábitos saudáveis dentro do ritmo e da realidade de cada pessoa.

O apoio multiprofissional também ajuda o paciente a não praticar a automedicação, que pode causar mais danos do que benefícios ao organismo. Isso porque o uso de fármacos para viabilizar o emagrecimento deve ser recomendado por endocrinologista após avaliação individual, conforme alerta da MANUAL, empresa britânica que atua no Brasil há quase três anos com programa de emagrecimento.

Mais detalhes sobre os efeitos colaterais do Ozempic

Qualquer medicação pode ter efeitos colaterais e com o Ozempic não é diferente. As condições mais evidenciadas são diarreia, náuseas e outros distúrbios gastrointestinais. Em relatos mais raros estão alteração no gosto de alimentos, indigestão, gases, azia, hipoglicemia (baixo nível de açúcar no sangue), inflamação no estômago, dores e inchaço no abdomen, tontura, cansaço, cálculo biliar (pedra na vesícula), aumento de enzimas hepáticas, aumento dos batimentos cardíacos, complicações na doença do olho diabético e, em casos ainda mais raros, reações alérgicas mais graves. Portanto, qualquer tratamento para a perda de peso que inclua o uso de remédios na rotina deve contar com a orientação de um médico.

Uso indiscriminado para fins estéticos preocupa

O Ozempic é um medicamento injetável inicialmente indicado para pessoas com diabetes tipo 2. Com o uso difundido para o emagrecimento, a medicação também passou a ser prescrita por médicos para pessoas com o IMC acima de 30 ou acima de 27 que tenham condições especiais, como por exemplo, pressão alta. Nesse sentido, seu uso indiscriminado para fins estéticos, sem orientação médica, preocupa. Todo medicamento deve ser recomendado por um especialista após avaliação personalizada.

“Há uma alta procura por esses medicamentos, por questões estéticas. Só entre as pessoas interessadas nos tratamentos de emagrecimento da MANUAL, 71% querem estar mais seguras com a própria aparência. Nós, enquanto empresa de saúde e bem-estar, sabemos da nossa responsabilidade e por isso, só oferecemos acesso a esse tipo de medicação após a avaliação e prescrição de médicos endocrinologistas conectados à nossa plataforma”, afirma Rodrigo Brunetti, Country Manager da MANUAL no Brasil.

Ozempic ajuda, mas não pode ser a única estratégia para emagrecimento

O emagrecimento saudável não pode (e nem deve) depender apenas de medicações como o Ozempic. Pelo contrário, esse processo precisa acontecer com ajuda multidisciplinar para promover mudanças saudáveis de hábitos de vida e, quando indicado o uso de algum medicamento, este deve ser sempre orientado por um médico.

Inclusive, um estudo recente comprova que as pessoas que aliaram a semaglutida (Wegovy, Ozempic e Rybelsus) a um planejamento alimentar e à atividade física perderam cinco vezes mais peso do que as que só treinaram e fizeram dieta.

“O processo rumo ao emagrecimento é multifatorial, pois envolve aspectos genéticos, metabólicos, sociais, psicológicos e ambientais. Além disso, é importantíssimo que qualquer medicamento voltado à perda de peso seja prescrito por um médico capacitado, que leve em consideração todo o histórico individual do paciente. A automedicação é muito perigosa”, alerta Renata Araujo, PhD e nutricionista da MANUAL.

* Com informações da assessoria de imprensa

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