É possível ter uma vida normal com a esclerose múltipla

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(Foto: Ilustração/Pixabay)

Levantamento da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) aponta que a esclerose múltipla é a doença neurológica que mais afeta jovens adultos, sendo na sua maioria mulheres. Mesmo considerada rara, ela atinge uma média de 35 mil pessoas no Brasil e 2,5 milhões em todo o mundo, e ainda assim é desconhecida por cerca de 80% da população. A doença é autoimune, afeta o cérebro, os nervos e a medula espinhal. Para chamar a atenção para a patologia, foi criado em 2006 o Dia Nacional de Conscientização sobre a Esclerose Múltipla, que acontece em 30 de agosto.

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O neurologista Iron Dangoni Filho, que atende no centro clínico do Órion Complex, em Goiânia, salienta que há grupos de risco para a enfermidade. “A esclerose múltipla é uma doença de jovem, na faixa etária de 20 a 40 anos, principalmente em mulheres. Inclusive, a desproporção entre homens e mulheres têm aumentado ao longo dos anos. Até o momento não se sabe o motivo. Existem vários fatores de risco para o desenvolvimento da esclerose múltipla, socioambientais, de estresse, de localização. Fatores genéticos também estão associados”, afirma. Ele lembra que uma alimentação saudável ajuda na melhora e controle da enfermidade. “A esclerose múltipla é uma doença inflamatória. Então, alimentos que são considerados antioxidantes diminuem a inflamação e são bastante benéficos”.

Sintomas

Iron Dangoni Filho relata os sinais de que é preciso estar atento: “os principais sintomas são: o início de fraqueza ou dormência em um braço, uma perna, mas principalmente no rosto, e esse é um sinal bem típico – dormência em um dos lados do rosto. Outra questão é uma alteração visual, que diminui a visão associada dor. Pode ocorrer alteração da marcha, na qual a pessoa fica andando de forma desordenada, torta. Além disso, a esclerose múltipla tipicamente é uma doença que vem em surtos, então são episódios de alteração neurológica que duram pelo menos 24 horas e que vão recorrendo ao longo da vida”.

Segundo o médico, existe tratamento, que é medicamentoso e serve para evitar os surtos e controlar a doença. Ele salienta que é possível conviver bem com a esclerose múltipla. “É uma doença incurável, mas a possibilidade de uma vida normal é uma realidade, a doença mudou a partir do tratamento de alta eficácia. E baseado nesses tratamentos, a gente controla a inflamação da doença, a pessoa tem uma vida sem surtos e isso evita que ela tenha problemas e viva normalmente”, explica Iron.

Apesar de toda a evolução em relação aos tratamentos e qualidade de vida dos portadores da esclerose múltipla, o neurologista lamenta que ainda exista muito preconceito em torno da enfermidade. “Infelizmente isso acontece muito por desconhecimento. As pessoas têm imagem do Google e do que era doença antigamente. Isso tem mudado com os influencers, que acabam falando que tem esclerose múltipla e que vivem bem, são boas referências, inclusive. Isso é bom porque muda esse estigma da doença, mas ainda assim existe um preconceito e existe um medo muito grande envolta dela. Sempre foi pensado que a esclerose múltipla é uma doença que deixa a pessoa em cadeira de rodas, extremamente debilitante. Hoje em dia a gente consegue ver ela de uma forma diferente”, afirma.

*Informações Assessoria de Imprensa

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