É possível aliar redes sociais com uma boa saúde mental?

schedule
2021-11-10 | 14:24h
update
2022-01-11 | 22:16h
person
Saúde Debate
domain
Saúde Debate

As redes sociais surgiram para ajudar na conectividade das pessoas. Mas com estas plataformas também vieram uma série de desafios relacionados à interação e ao tipo de informação divulgada nas redes. Isto afetou diretamente a saúde mental dos usuários. Situação que ficou ainda mais evidenciada na pandemia de Covid-19. Se por um lado as redes sociais ajudaram na disseminação de informações, interações, lives e momentos de lazer, em vários momentos o mundo digital afetou a rotina. Mas, então, fica o questionamento: é possível aliar redes sociais com uma boa saúde mental?

A psicóloga Evelise Carvalho, mestre em psicologia forense, comenta mais sobre o comportamento antissocial na internet. De acordo com ela, mais importante do que observar o tempo que você fica on-line, é perceber os prejuízos que o uso da internet – ou a abstinência dela – traz para a sua vida. Por exemplo, depois que você olha as redes sociais, sente-se mais triste? Quando não olha, tem picos de ansiedade? Você vai dormir mais tarde ou deixa de fazer certas atividades para ficar na internet? Caso a resposta seja sim, você pode tentar um detox digital, ficando alguns períodos do dia sem olhar as redes, ou buscar ajuda profissional.

Leia também – “Maternidade real”: levantamento revela brasileiras diferentes ao que é mostrado na internetAMP

Leia também – Saúde mental dos jovens: pesquisa revela impacto da pandemiaAMP

“O problema está em como usamos a ferramenta. Tudo em excesso e sem senso crítico vai prejudicar”, afirmou a psicóloga, que alertou para o cuidado que devemos ter com conteúdo sensacionalista, notícias falsas ou descontextualizadas e com a comparação com outras pessoas. “Do mesmo jeito que nós filtramos o que colocamos nas redes sociais, precisamos ter consciência que todo mundo faz isso. Então, quando olhamos as redes dos outros, precisamos ter cuidado para não tomar aquilo como realidade”, disse.

Publicidade

A especialista afirmou ainda que a felicidade mostrada nas telas tem até nome específico: felicidade tóxica. Ela faz mal porque aparenta ser o estado natural das pessoas, mas na verdade é apenas um instante da vida delas. “A felicidade, biologicamente falando, dura 32 segundos. O estado natural do ser humano é neutro, com pequenas oscilações durante o dia”, comentou a especialista. Ela relembrou também que vivenciar a dor e o sofrimento faz parte de uma vida plena.

Segundo a especialista, é possível aliar redes sociais com uma boa saúde mental. Desde que o usuário siga uma rotina que favoreça isto.

Confira abaixo como aliar redes sociais com uma boa saúde mental, sem abrir mão da comunicação on-line, tão necessária nos dias de hoje:

1. Faça detox das redes

Avalie se a tecnologia está ocupando muito espaço na sua vida e tente se desligar por alguns períodos – um domingo de manhã, por exemplo. No começo, a abstinência talvez gere algum desconforto, mas logo depois será possível enxergar os benefícios, como o aumento da autoestima e a diminuição da ansiedade, da tristeza e da irritabilidade.

2. Tenha educação midiática

Participe do ambiente informacional e midiático de forma crítica, filtrando e analisando o que é consumido. Cuide também das suas senhas e pense bem antes de postar ou compartilhar algo.

3. Observe a sua saúde

Perceba os impactos que o uso das plataformas digitais tem na sua vida. Se você fica mais deprimido depois de acessar as redes, se fica rolando a timeline sem prestar atenção no que está vendo ou se perdeu o prazer em algumas atividades, pode ser a hora de procurar ajuda.

4. Seja gentil na internet

Apesar da distância física, a internet é feita de seres humanos e todos merecem respeito. O comportamento on-line reflete grande parte do que somos e, portanto, o que fazemos nesse ambiente também tem impacto na nossa vida social off-line.

5. Seja exemplo para seus filhos e mantenha o diálogo aberto

Os pais são modelos para os filhos, portanto, seja responsável, para que comportamentos indesejados nas redes não sejam repetidos por eles. Outra coisa importante é entender que embora as crianças e os adolescentes tenham facilidade para lidar com tecnologia, normalmente esse saber técnico não é acompanhado de um saber crítico. Então, informe-se sobre os interesses de seus filhos na internet e deixe claro que o diálogo está sempre aberto para assuntos corriqueiros ou qualquer tipo de problema.

* Com informações da Revista Ampla

Leia também: Saúde mental é uma das grandes preocupações das empresas em 2021AMP

Leia também – Saúde Mental: ainda um tabu no ambiente de trabalhoAMP

Publicidade

Cunho
Responsável pelo conteúdo:
saudedebate.com.br
Privacidade e Termos de Uso:
saudedebate.com.br
Site móvel via:
Plugin WordPress AMP
Última atualização AMPHTML:
18.04.2024 - 19:45:28
Uso de dados e cookies: