Doação de sangue é um ato que atravessa séculos e salva vidas todos os dias

doação sangue
(Foto: Freepik)
Dia 14 de junho é o Dia Mundial do Doador de Sangue. Em 2005, a data foi instituída pela Assembleia Mundial da Saúde como um dia especial para agradecer aos doadores e incentivar mais indivíduos a doar sangue livremente.
Segundo registros históricos compilados pela Britannica Education, a história da doação de sangue remonta ao século XVII. Em 1667, o médico inglês Richard Lower realizou uma das primeiras transfusões documentadas, ao transferir o sangue de um cordeiro para um homem. Na mesma época, na França, Jean-Baptiste Denis, médico do rei Luís XIV, também realizava experiências semelhantes. Embora rudimentares e de alto risco, essas primeiras tentativas abriram caminho para o desenvolvimento de técnicas cada vez mais seguras, que transformaram a transfusão sanguínea em um dos procedimentos mais essenciais da medicina moderna.
No Brasil, o cenário da doação de sangue ainda exige atenção. Dados de 2022 do Ministério da Saúde mostram que aproximadamente 1,4% da população brasileira doa sangue regularmente, o que equivale a 14 doadores a cada mil habitantes e um total de 3.159.774 doações por ano no Sistema Único de Saúde (SUS). Esse índice está dentro da recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), que sugere que entre 1% e 3% da população de cada país seja doadora. Apesar disso, o Ministério da Saúde alerta que é fundamental ampliar o número de doadores para garantir estoques seguros e constantes, evitando riscos de desabastecimento.
A jornalista Nathalia Gorga é um exemplo do impacto desse gesto. Nascida prematura, com apenas 890 gramas e seis meses de gestação, ela passou vários meses na incubadora e, em determinado momento, desenvolveu um quadro severo de anemia. Para sobreviver, precisou de mais de um litro de sangue.
Na época, o sangue dos pais e dos familiares não era compatível com o dela, devido ao tipo sanguíneo e outros fatores. Foi necessário buscar um doador externo. A mobilização foi fundamental, e um amigo da família acabou sendo a pessoa que fez a doação que salvou sua vida. Foi então que um amigo da família, sensibilizado pela situação, realizou a doação que salvou sua vida. “Se estou aqui, mais de 30 anos depois, é graças a essa doação. Um gesto que faz toda a diferença na vida de qualquer ser humano”, afirma.
Para ser um doador de sangue, é necessário atender a alguns critérios básicos: estar em boas condições de saúde, ter entre 16 e 69 anos (lembrando que a primeira doação deve ser feita até os 60 anos), e pesar no mínimo 50 kg. No dia da doação, é importante não estar em jejum, mas também evitar alimentos gordurosos nas quatro horas que antecedem o procedimento. Além disso, o doador deve estar bem descansado, tendo dormido pelo menos seis horas nas últimas 24 horas.
Em São Paulo, por exemplo, é possível doar no Hemocentro da Santa Casa, no Hospital das Clínicas, ou na Fundação Pró-Sangue. Diversos hemocentros pelo Brasil também funcionam com agendamento online, facilitando o processo para os voluntários.
*Informações Assessoria de Imprensa